Lendo esta história hoje pela manhã me surpreendi com o imponderável. Pode ser mentira, mas pode ser verdade. Ou se trata de uma bem bolada criação de publicidade ou, de fato, o impensável acontece.
O fato é que a reportagem me chamou a atenção e me fez lembrar de quantas vezes eu me surpreendi com situações que jamais pudesse acontecer. Inimagináveis, eu diria. Acho que todos nós temos histórias assim.
A turista norte americana, Lindsay Scallan, em férias pelo Havaí em 2007, seis anos atrás, perdeu sua câmera fotográfica numa sessão de mergulho noturno. Ela deixou o equipamento escapar das mãos e ele se foi num mergulho mais profundo ainda para as profundezas do oceano Pacífico.
Perdeu a câmera à prova d'água e perdeu também, para sempre, as fotos armazenas no cartão de memória.
Em fevereiro deste ano, um rapaz que é funcionário da empresa aérea China Air Lines, provavelmente em férias encontrou uma câmera fotográfica Canon PowerShot numa praia taiwanesa, dez mil quilômetros de distância do Havaí. O equipamento bastante deteriorado deixava sinais de que há muito devia estar mergulhado nas águas salgadas do mar.
A história poderia terminar aí e eu jamais estaria aqui discursando sobre o assunto. Porém, o curioso chinês, abrindo o equipamento blindado, encontrou o cartão de memória e nele algumas fotos surpreendentemente intactas. O rapaz (cidadão com C maiúsculo), identificou o local onde elas foram feitas e não satisfeito fez contato com o jornal local relatando o fato. Em pouco tempo a história se espalhou. As redes sociais fizeram com que Lindsay, a turista americana, soubesse do caso e para sua surpresa, sua câmera com as antigas fotos foram encontradas.
Parece uma história boba, mas pelo visto, não tão boba assim. Pense bem, se assistíssemos a um filme ou uma novela onde o escritor previsse uma situação desse tipo, diríamos de pronto que somente em filmes ou novelas acontecia isso.
Você e eu, de certo, perdemos alguma coisa ou deixa-mos de tê-la em algum momento da vida. Lamentamos e superamos o sentimento da perda e, com o tempo assimilamos e tocamos a vida.
Algumas vezes o imponderável se mostra não é tão imponderável assim. Tudo é possível desde que a gente se despoje a aceitar com A maiúsculo, o que foi supostamente perdido e seguir em frente e compreende-lo se eventualmente o se julgava retornar sem se surpreender. Melhor seria dizer, talvez, que o "perdido" está temporariamente impossibilitado de contato.
O mundo está cada vez mais pequeno. (além de digital)
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