22/09/2014

O Falsificador Solitário

Até isso se falsifica hoje em dia: namoradas.

Um japonês que tem dificuldade para arranjar namoradas cria um Blog para ajudar outros solitários a disfarçar a solidão. 

Matéria publicada pela BBC Brasil.


#SalaSocial: Japonês cria blog para ensinar solitários a 'falsificar' namoradas
Ewerthon Tobace
De Tóquio para a BBC Brasil


Atualizado em  16 de setembro, 2014 - 04:46 (Brasília) 07:46 GMT

Como ser solitário mas passar a impressão de estar sempre bem acompanhado?
   Keisuki Jinushi ensina em seu blog como fazer fotos de um"encontro"de um homem só
Para responder a essa pergunta e ajudar um grupo cada vez mais expressivo de solitários no Japão, o jovem Keisuke Jinushi, de 29 anos, criou um blog, que acabou lhe rendendo seguidores e fama na internet.

Suas imagens e textos bem-humorados dão dicas de como tirar fotos nos mais diversos lugares como se estivesse acompanhado e se divertindo com uma namorada.

"Quando fui demitido do meu antigo emprego, fiquei com tempo de sobra e resolvi escrever um blog. Escolhi este tema porque tenho apenas um amigo", contou o fotógrafo e escritor freelancer à BBC Brasil.

No início, o blog se dedicava a compartilhar suas experiências como solitário e com dicas sobre como se divertir sozinho em lugares como bares, restaurantes ou termas de água quente (bastante populares no Japão).

Mas os seguidores do blog puderam acompanhar o que parecia ser uma mudança na vida do solitário Keisuke quando ele passou a publicar fotos em diversos lugares com a "namorada".

As imagens mostravam o que parecia ser uma jovem lhe dando comida, fazendo carícias no seu rosto e até, carinhosamente, limpando ketchup de sua boca.

Há coisa de um ano, ele revelou que tudo não passava de uma montagem, e foi aí que o blog começou a fazer sucesso.


As fotos foram produzidas e tiradas por ele próprio, sem qualquer ajuda. Para provar isso, ele fotografou também os bastidores da produção.

Uma vez ele achou que pareceria mais feliz se tirasse uma foto simulando ter companhia
No blog, Jinushi ensina o passo a passo da produção do que ele chama de fotos de um "encontro consigo mesmo" ou "encontro de um homem só". Ele teve a ideia da série depois de fazer uma viagem sozinho.

"Enquanto andava sozinho pela cidade, no frio do inverno, me senti só. 

Nesta hora, vi uma estátua e pensei: se tirar uma foto ao lado dela, como um casal, vou parecer mais feliz", explicou.

Além disto, como gosta de frequentar cafés para "matar o tempo", percebeu que muitos casais gostam de dar comida um para o outro na boca. 

"Pensei:  "Quero isso para mim também"

As fotos fizeram muito sucesso na Internet o tornaram muito famoso em uma rede social
Sem namorada, o jeito foi improvisar, e, agora, Keisuke virou um profissional na arte de tirar selfies como se estivesse acompanhado.

Perguntado se, mesmo depois da fama, nenhuma garota o convidou para sair, Keisuke disse desapontado que não. Mas quer uma namorada?

"Claro!", respondeu rápido, que sonha ainda em casar e ter filhos. "Imagino, nos dias de folga, ir a um parque com a família, forrar a grama com uma toalha e fazer um piquenique. 
Quero acordar todos os dias com um beijo."
Fãs perguntam se não é melhor arranjar uma namorada; ele diz que não consegue
Em tom de piada, o japonês diz que a mulher ideal seria bonita e rica. "Quero namorar modelos ou atrizes famosas para ser fotografado por papparazzi."

Entre os comentários que recebe, muitos leitores dizem que não teriam coragem de fazer o mesmo. "Outros simplesmente acham que seria mais fácil se eu arranjasse uma namorada. Mas o fato é que não consigo e, por isso, tiro essas fotos."

A brincadeira acaba quando ele é perguntado sobre o que seus pais acham do blog.
O rapaz diz que nem a fama tornou mais fácil arrumar uma namorada
O fotógrafo não pergunta o que os pais acham do blog porque tem medo da resposta
"Não sei exatamente o que pensam e tenho medo da resposta. 

Por isso, nunca pergunto." Certa vez, a avó de Keisuke viu o blog e chorou. "Ela disse que ficou chateada ao ver as fotos."

Apesar de dar dicas para se divertir desacompanhado, o japonês lembra que não é possível ser feliz sozinho. 

"Se existe uma receita, quero que me ensinem, pois o mundo definitivamente não foi feito para se divertir sozinho", opinou.

Para ele, só existe um lugar ideal para se ir só: "A biblioteca".

21/09/2014

Os iguais de sempre

Na foto estão inversamente posicionados em relação aos princípios ideológicos.
Mas na prática definitivamente alinhados na ideologia do absurdo.
No facebook vi uma postagem com esta foto. Um calafrio me fez encolher os dedos dos pés como se tivesse visto uma barata passeando pela casa. 
Na hora me lembrei da fábula de George Orwell - A Revolução dos Bichos. 
Uma crítica espirituosa aos modelos de governos tidos como revolucionários, mas que escondem de início uma verve tirânica digna dos maiores ditadores da história. 
Na fábula os animais de uma fazenda sofriam com a exploração e a falta de consideração por parte do proprietário, que mais vivia bêbado e caído pelo chão do que trabalhando. Os pobres animais não recebiam quase nenhuma alimentação e eram submetidos aos trabalhos forçados em troca de nada ou quase nada.  
Um dia se uniram e decidiram fazer uma grande mudança. 
Liderados pelos porcos, que desde então escondiam ser mais astutos, conduziram uma revolução que havia sido apresentada nas caladas noites, esta como a única alternativa para a conquista da ordem, da paz, do reconhecimento e da prosperidade. De uma forma comum e absolutamente igualitária. 
Decidiram então, induzidos pelas hábeis palavras de Major, o porco que aparentava ser o mais indignado com a exploração do rico pelo pobre, expulsar o proprietário da fazenda e iniciar a revolução. 
Napoleão, um porco letrado, escreveu os seguintes mandamentos que nitidamente guardavam o ódio da espécie humana, que foram submetidos a apreciação dos animais:

  1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo;
  2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenhas asas, é amigo;
  3. Nenhum animal usará roupas;
  4. Nenhum animal dormirá em cama;
  5. Nenhum  animal beberá álcool;
  6. Nenhum animal matará outro animal;
  7. Todos os animais são iguais. 
Estes seriam os pilares da revolução. 
Democraticamente os porcos conduziram a votação. E entusiasmados com a proposta os animais da fazenda fizeram a constituição. 
Passado algum tempo quando a revolução já se mostrava banalizada pela falta de mudanças verdadeiras, numa manhã os animais da fazenda não se surpreenderam quando leram no quadro de avisos da Casa Grande, a seguinte alteração no último mandamento:  
"Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros" 
Anteriores a esta, outros mandamentos já haviam passado por alterações sutis. 
Os porcos nessa fase das mudanças andavam com duas patas e viviam bêbados, perambulando preguiçosamente pela fazenda feitos donos dela. Com os narizes em pé, cheios de arrogância, berrando ordens pra tudo quanto é lado, assim como fazia o antecessor. 
A vida dura continuava igual para os animais comuns, agora balizados pela ideologia instalada. No entanto, resignados, entendiam que o sofrimento era por uma boa causa - a igualdade de direitos.
Vendo esses patetas ai em cima me lembrei da fábula que aproveito, recomendo a leitura. 
O antes e o depois se confundindo na história, como sempre foi.

20/09/2014

Parede Branca da Lamentação

JONES PIXOU O MURO PORQUE É MARGINAL OU É MARGINAL PORQUE PIXOU O MURO?
O Jones tem tanta certeza que é do Rap que decidiu pixar o muro branco do posto de gasolina só pra deixar a sua marca na história.
Foi na madrugada fria de segunda pra terça, quando não tinha ninguém na rua que ele balançou a lata pra pintar o muro. Fez isso pra dizer ao mundo que é do Rap e quem é do Rap sabe das coisas.
No dia seguinte o dono do posto ficou bravo e disse que iria se vingar do #marginal-maloqueiro-pixador, assim que descobrisse o autor. Disse também que a câmera identificou o safado. 
Jones não está nem aí, pois usou gorro e boné na cabeça como de costume e ninguém vai saber quem está no filme. Só os chegados, os mano e as mina. 
Jones  quando criança faltava às aulas de português, ele achava que nelas tocariam o Fado e como sabemos o negócio do Jones é mesmo o Rap. 
Jones mora na periferia, às margens da metrópolis e da alegria. Lugar marginal onde os olhos do prefeito e do governador só enxergam quando lá viajam para os votos de natal. 
É por essas e por outras que na região, dizem com precisão, que o Rap é Compromisso e não é viagem... não. 
Ou, viajem, como diz o Jones.
Imagem do blogueiro das horas vagas.

17/09/2014

Pela Ordem

INDAGAÇÃO - Justiça Brasileira.


Excelência, pela ordem. Pela ordem, Excelência. 
Ordem concedida, Vossa Excelência tem a palavra. 
Refiro-me às indagações, Excelência. Volto ao tema por ser o indagador e não o indagado, Excelência. 
Minha indignação se deve ao fato das indagações, Excelência. Indagações estas, das quais o indagador, aqui presente de viva voz, clama pelo motivo de não ter ouvido do indagado, suma resposta às minhas indagações anteriores. 
Se há uma indagação de um indagador, o indagado não deve indagar indagações evasivas. Diz a Carta Maior em seu artigo 27, parágrafo 19, Versículos 3 e 4: 
Se indagado for você, não indague você ao indagador. Nunca retribua indagações com outras indagações. 
Portanto, Excelência, indago ao candidato, presente ora no salão da justiça, do motivo pelo qual da indagação ao candidato que não havia sido indagado, quando que este, na verdade, Excelência, indagaria o que o indagou antes de ser indagado. Portanto candidato, fica aqui a minha indagação.  
Quem indaga quem? 
Espero que o senhor ao ser indagado novamente não me venha com indagações paralelas que fujam da indagação original. Pois quem indaga aqui neste momento sou eu, o indagador, o representante do povo. 
O senhor é o indagado e eu, o indagador. Que se registre nos anais as minhas claras indagações, Vossa Excelência.  
Se é que o senhor me compreende, Excelência, é isso o que tenho a indagar. 
Pois não. 
Se ninguém tem nada a contestar, nada a se opor, o processo fica adiado para decisão logo após as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. 
Encerrada a sessão.
PAWH !!!
Imagem - Google

16/09/2014

Pensa Comigo

Você me acha um idiota. Você me vê como um coxinha por eu criticar o seu candidato à Presidência da República. Minhas opiniões não combinam com as suas, principalmente no que se refere à política. 
Eu vejo você como um perfeito pateta, um bobão sem noção por levantar a bandeira de forma tão veemente defendendo um energúmeno. 
Nos unimos para metermos o pau naquele outro, por acha-lo um imbecil, um patzo por dizer que vai votar no fulano de tal. 
Nós combinamos em algumas coisas: somos radicalmente contra o racismo, a homofobia e acreditamos num socialismo-capitalista-marxista inovador, bem brasileiro.  
Acreditamos em Deus e temos certeza da existência do demônio e da interferência dele na vida dos seres humanos, somente dos humanos. 
Ficamos em dúvida entre árabes e judeus e pouco nos interessamos pelas questões palestinas. Latifundiários ou MST? Depende do dia. 
Biodegradáveis, camada de ozônio e aquecimento global, só depois de alguns chopes. 
Eu, segundo você, tenho uma tendenciazinha ao latifundiário e você, o oposto, aos sem-terra. 
Meu time é verde e o seu, pra mim nunca teve cor. 
No entanto, contudo, porém, todavia, mas, veja bem... com certeza... vamos ver... olha... 
É...



15/09/2014

51 Anos Atrás

Imagem disponível na página do Faccebook -  MEMÓRIAS PAULISTANAS.

1963 - Avenida Álvaro Ramos esquina com a Rua Toledo Barbosa no bairro do Belenzinho. Ponto inicial da Linha 24 - Belém / Praça Clóvis Bevilácqua.
Os bondes da CMTC eram vermelhos com listras amarelas. Este da foto não era do modelo chamado "camarão", do tipo fechado e mais imponente.  
O do meu bairro parecia com aqueles bondes de São Francisco, os que sobem e descem as ladeiras que a gente vê nos filmes. Tive oportunidade de conhece-los anos depois e de certa forma me decepcionei pela falta de charme, como tinham os nossos velhos bondinhos. 
O da linha 24 - Belém / Praça Clóvis era aberto e com grandes estribos nas laterais, exatamente para facilitar o acesso dos passageiros. Tinha cortinas de couro nas laterais que eram desenroladas nos dias de chuva. Nos quentes, ficavam recolhidas na parte de cima.  
A gente embarcava no bonde e o cobrador logo se aproximava com o dinheiro dobrado numa das mãos, expondo sem receios nota por nota e todas bem alinhadas. Pagávamos a passagem e ele nos dava um passe, uma espécie de recibo que nada mais era que um pedacinho de papel amarelo com o símbolo da CMTC e um furo num dos lados. O furo era feito na hora e mostrava que você não podia apresentar aquele recibo em outra viagem. 
O motorneiro dava a partida e num solavanco o bonde começava a andar. Consigo ouvir o ruído do motor elétrico e o barulho das rodas de ferro sobre os trilhos. Me recordo da sensação de estar num parque temático toda vez que andava de bonde. Era assim que eu me sentia, uma criança feliz indo passear de bonde. As ruas e as pessoas, os carros, tudo era vitrine para mim. Eu e toda a molecada ficávamos encantados.
Andar de bonde sem pagar era mais gostoso ainda, mas isso passamos a fazer bem depois quando já éramos maiorzinhos. 
Me lembro do percurso: ele saia da Avenida Álvaro Ramos e logo à esquerda  já entrava na Rua Herval para seguir até a Rua Silva Jardim. Nela entrava à direita e depois de uns cem metros alcançava o Largo São José do Belém. No Largo ele contornava a praça até chegar na Rua Belém e nesta seguia até a Av. Celso Garcia. Da Celso que se transformava em Avenida Rangel Pestana, próximo da Eletro-Rádiobras, ele passava pelo Largo da Concórdia, atravessava o viaduto sobre a linha dos trens da Santos-Jundiaí e saia na Rua do Gasômetro e lá pelo meio desta voltava para à Avenida Rangel Pestana e nela, depois de uns dois quilômetros, chegava na Praça Clóvis. Se gastava meia hora de viagem, mais ou menos. 
Para voltar ele fazia praticamente o mesmo percurso. Mas para mim, as calçadas sendo outras, as vitrines também eram outras.
Não me lembro de edifícios pichados, de carros em alta velocidade, de uma imensidão de faróis ou de tanta gente pedindo esmolas pelas esquinas. Talvez isso tudo já existisse e por ser criança não dava atenção para essas coisas. A vida me parecia mais tranquila na época dos bondes.
Back to de The Future now.


11/09/2014

Coisas do Firmamento



Caro amigo. Repare num pontinho luminoso bem no canto direito da imagem acima. Atente-se a este ponto. Capriche no olhar, limpe bem os óculos e dedique sua melhor percepção, pois o que encontrará pagará o tempo dedicado.
Note agora uma manchinha um pouco mais acima deste ponto luminoso. Concentre-se nela agora e perceba.

Achou?

Parabéns!

Essa é a Via Láctea, a nossa galáxia. Coisa linda, não acha? Reparou nas variações das formas, nas nuanças das cores, no desenho único que ela tem? Parece que foi feita de néon, não acha? Incrível.
Me apaixonei por ela desde a primeira vez que a vi nas tais fotografias onde apareces inteira. Caetaneei o que há de bom e agora, Djavaneei, em homenagem à Via Láctea.

Nela, com um pouco mais de atenção e entre centenas de bilhões e mais bilhões de Constelações, esses aglomerados cósmicos compostos por um sem número de planetas e tantos outros astros, cujas distâncias entre si ficam na ordem de milhões de anos-luz, está o Sol, nossa estrela de quinta grandeza.

E com ela estão alinhados e irremediavelmente presos por um descomunal magnetismo, encontramos nove planetas de tamanhos distintos, alguns ainda carregando pequenas bolas brancas na sua órbita, fazendo delas exclusivos satélites naturais.  Puro luxo sideral.

Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Saturno, Júpiter, Urano, Netuno e Plutão.

O nosso planeta é o terceiro mais próximo do Sol. A Terra é de um azulado sem igual e tem manchas brancas que variam na direção e no desenho, assim como são os desenhos das dunas diante das constantes tempestades no deserto.

Sem dúvida, para um visitante distante, este pequeno planeta seria a mais charmosa das paragens cósmicas.

Nessa encantadora Shangri-lá, como escondida estivesse entre as montanhas geladas do Nepal, num inóspito horizonte perdido, estamos nós. Nós.

Nós acompanhados de nós mesmos e dos nossos enormes problemas.  Nem preciso descreve-los, pois nós sabemos do que falamos.

Nós, nós e nós.

Eu neste momento me encontro com um problema gravíssimo: percebi há pouco um ser me espreitando por de trás das cortinas da sala. A inteligência suprema de terráqueo me fez identificar a  tal forma muito rapidamente. Me arrepiei com ela e me perguntei indignado como, num universo tão gigante, uma filha da puta de uma barata nojenta pôde invadir a minha casa sem a minha permissão? Só pode ser coisa da besta, do fionfó, do gosmento.

Cadê o Aerosol? Foda-se a camada de ozônio.


10/09/2014

Cérebro Laico

Imagem Google

No rítmo que segue a campanha eleitoral para a Presidência da República, acho que Dona Dilma já dançou e dançou um quadradinho de quatro. Ela e sua trupe. 

Por mim já vão tarde, pois pelo que fizeram, nem deveriam ter vindo. Seu modelo de governo foi mais um que se seguiu comum aos demais.

O duro será encarar a tal de Marina Silva como Presidente ou Presidenta. Aliás, fica a pergunta: dente ou denta?

Ela está com tudo e não está prosa. (Será que não?) 

A turma avessa está metendo o pau nela e isso significa que sentem que já dançaram.

Vai ser outro jogo duro encarar quatro anos de blás. Mais duro ainda quando ela tentar se reeleger depois desses quatro anos. Isso faz parte da regra.

Sem entender muito de política eu sempre achei que o Aécio Neves não tinha jeito para Presidente da República, que ele não cairia no gosto popular. 
Talvez concorrendo para a presidência de alguma Escola de Samba em Belo Horizonte ou até em São Paulo tucano, talvez. Mas para Presidente do Brasil, acho que não. Agora não, pelo menos.

Aliás, acho também que ele se parece mais com um pastor de igreja evangélica do que o próprio candidato de Deus, o Everaldo, portanto, um belo enganador. Ambos são, ao meu ver.

Divertido é ouvir as reclamações da comunista Luciana Genro, as ironias do Levy Fidelix e as boas intenções de Eduardo Jorge, aquele que carrega sempre o semblante da simplicidade, aquele que tem o olharzinho de consumidor do canabis. Nada contra.

Esses candidatos são uma espécie de lado lúdico da campanha. Sempre tem o grupo folclórico. Chamá-los de nanicos é pejorativo demais.

Fico perplexo com  democracia que criamos. 

Sinto que o país está na nas mãos da ditadura ainda. Ela não tem forma humana e nem é representada por uma única pessoa, um ídolo colossal como Chávez na Venezuela. Nossa democracia é um Estado, um Monolito, um Subjetivo.

Esse Estado é pesado demais e nos vigia até quando dormimos. Ele nos ilude com opções frágeis provocando a ilusão do livre arbítrio. 
Nos separou por classes sociais, por cor de pele, por sexo, por crenças, por partidos políticos, times de futebol, e por ai vai.

Somos um mentiroso Estado laico.

A instituição foi montada sob dogmas fascistas, um fascismo com ares democráticos. 
Um Estado que para se dar bem o sujeito tem que entrar no rítmo dele, numa espécie de dá ou desce.

E nós damos direto pois já somos 200 milhões. Faccionados, mas já um contigente assombroso.

E viva a nossa democracia laica.


02/09/2014

Fé doente, mente pra gente.

Fé não se discute, se a tem ou não. 

Religião não se discute. Time do coração não se discute. Opção sexual não se discute. Dilma ou Marina não se discute. Política não se discute. FHC ou Lula não se discute. Se tem ou não tem papel higiênico não se discute. 
Nada se discute na pequena Veneza de Colombo... ops... de Chávez.


FOLHA DE S.PAULO
TERÇA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2014 - 22:08

Militância lança 'Pai Nosso' em homenagem a Chávez na Venezuela
DA EFE
02/09/2014 16h57
"Chávez nosso que estas no céu, na terra, no mar e em nós, os delegados.Santificado seja teu nome. Venha a nós teu legado para levá-lo aos povos daqui e de lá.Dai-nos hoje tua luz para que nos guie a cada dia e não nos deixes cair na tentação do capitalismo, mas livrai-nos da maldade da oligarquia, do crime do contrabando.Porque nossa é a pátria, pelos séculos e séculos. Amém. Viva Chávez" 
Participantes de uma oficina do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro, lançaram nesta segunda (1º) uma versão chavista do "Pai Nosso", em homenagem ao ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013).
A "Oração do delegado" foi lançada pelos participantes da "I Oficina de Projeto de Sistema de Formação de Partido Socialista", e começa com a frase "Chávez nosso que estás no céu".
A oficina começou na última quinta-feira (28) e terminou nesta segunda. O encontro foi finalizado com a leitura da oração, que contou com a participação de cantores e poetas que dedicaram suas peças ao ex-presidente e à chamada revolução bolivariana.
Acompanhado de boa parte de seu gabinete ministerial, governadores chavistas e outros funcionários, o presidente Nicolás Maduro fez um discurso no qual afirmou que a revolução se encontra em uma fase que "exige cada vez mais formações de valores".

"Quando nos perguntamos que valores devemos formar e quando nos perguntamos onde devemos formar esses valores, há apenas uma resposta: devemos nos formar nos valores de Chávez no combate diário na rua, criando, construindo revolução, fazendo revolução", disse Maduro.