28/08/2011

Não se mexa, não respire e nem pense. Só assista.


Num dia da semana, não me lembro bem qual, estava eu dando duro no trabalho. Logo após o almoço - devia ser umas duas e meia. Não saberia dizer se estava frio ou calor, hoje em dia o clima anda muito estranho, indefinível muitas vezes.
Sinto sono após o almoço por isso procuro fazer refeições mais leves para a digestão não comprometer minha disposição.

Um pouco irritado com os telefones que não paravam de tocar, o blém blém do computador e celular anunciando emails chegando - recebo cerca de 400 por dia. O pessoal da equipe entrando e saindo da minha sala me passando problemas e pedindo orientações sobre isso e aquilo, enfim, tudo seguia o curso normal de um dia comum em uma vida ordinária. Esta palavra vem de ordem que gera organização e vivemos por ela, assim nos ensinaram e assim ensinamos nossos filhos.
Resolvi parar um pouco e sair da sala, relaxar por alguns minutos. É uma técnica boa andar sozinho pelo pátio externo da empresa e reparar nas coisas que nos cercam. Como só tenho um ano de empresa tem muita coisa a ser vista. Os edifícios antigos que abrigam os estúdios e os diversos departamentos da emissora. Eles guardam muitas histórias, algumas bizarras e divertidas, outras tristes que conhecia antes mesmo de vir pra cá e outras tantas que são contadas diariamente por colegas antigos de casa. Como eles gostam de falar dos bons e velhos tempos. Natural, boa parte de suas vidas e sonhos foram passados aqui. Tem muita gente boa nesta TV.
Vejo que os prédios precisam de tratamento, de uma boa pintura, ao menos uma caiação. São conectados uns aos outros por corredores e escadas que certamente foram adaptadas ao longo dos anos.
Nos jardins as árvores são bonitas, algumas são de tamanhos médios e outras enormes, as flores coloridas crescem anunciando a chegada da nova estação.
Pessoas circulam apressadas com papéis na mão com sorrisos sinceros e recebo cumprimentos, educadamente automáticos.
Bate o desejo de me sentar num daqueles bancos feitos de troncos de árvores, todos impermeabilizados por um verniz sintético e simetricamente distribuídos pelo bosque que fica próximo ao restaurante dos funcionários e apreciar a rotina sob o ponto de vista de quem não tem nada pra fazer. Quem sabe estender uma rede numa sombra entre árvores e puxar aquela palha. Não fiz isso, achei que não ficaria bem e poderia perder a hora, além do que onde iria arrumar uma rede. Me contive a apreciar o bucólico cenário ao som dos ruídos estridentes vindos dos caminhões que transitavam na Marginal do Tietê.
Depois de algum tempo voltei à minha sala a passos mais dirigidos, repassando a minha agenda. O dia tinha que ser concluído ordinariamente.

Ao me sentar diante do computador percebi que entre tantos emails um em especial me chamou a atenção. Um amigo me enviou, provavelmente sentindo a minha vibração.


Assunto: ARQUITETURA + ENGENHARIA + EQUILÍBRIO = SENSACIONAL.

No corpo do e mail o texto imperativo:

                                                             Não se mexa
                                                             Não respire
                                                             Nem pense
                                                             Só assista

E seguia um link.
Eu simplesmente deleto mensagens religiosas, palavras de alto ajuda, os Power Points da vida com imagens singelas ou de humor, mesmo as enviadas por amigos próximos. Não suporto, não tenho a menor paciência com elas. As tenho como terríveis Spans. Mesmo considerando a boa fé do amigo que enviou, as apago até da lixeira, guardando somente a boa fé e agradecendo comigo a sorte da amizade lembrada.
Mas esse eu cliquei. Por nada deixei de lado minha regra. 
O que assisti mudou o meu dia e os dias seguintes. De cara vi que não era somente um show bem iluminado ou uma apresentação circense curiosa. Muito mais que isso. A mensagem continha o que eu precisa realmente naquele momento - paz, concentração e resgate da minha alegria. O público assistia perplexo a serenidade do artista que apresentava muito mais que um espetáculo de malabáris.
É o nosso olhar diante das situações em que nos encontramos a cada instante da vida quem determina como vivemos, não importando onde, como e com quem e se estamos com alguém. O olhar - esse é o segredo pra se viver bem.
Enquanto assistia lembrei do filme A Vida é Bela - de como o personagem coloria as cenas cinzas para seu filho diante da realidade bruta dos tempos de guerra. Lucidez confundindo-se com loucura.
O resto do dia e dos dias seguintes foram mais brandos e objetivos. Concentrado e mais feliz acertei as pendências. O equilíbrio prevaleceu.

Valeu o clique.
Valeu, amigo, boa semana!

http://www.youtube.com/watch_popup?v=jJrzIdDUfT4&vq=medium


23/08/2011

Contando as lajotas



__ Seguindo, estou indo!

Respondo quando me perguntam como vou.

As ruas parecem cada vez mais estreitas,
congestionadas com tanta gente se espremendo, elas me assustam.
Os cruzamentos me estancam a todo momento, freqüentemente.
Se encostam em mim como eu nelas.
Olhos azuis, castanhos e esverdeados. Baixas e altas, esguias e esbeltas.
Estranhas em volta de mim, pisando na grama ou nas pontas de cigarros acesos.

E eu contando as lajotas na calçada esperando o sinal me deixar passar.

Não conheço nenhuma delas e parecemos todos amigos.
O cão guía o homem pela guía.
O céu com nuvens cinzas enquanto o frio me esfria.
Quanta roupa colorida à luz do dia.
Ruas sinuosas te deixam marcas vertiginosas e as pessoas continuam pra lá e pra cá.
Os olhos castanhos amendoados gostariam de saber porque foi assim.

E me perguntam a todo momento como vou e eu repondo sem pensar
__ Seguindo, estou indo!
Abaixo a cabeça contando as lajotas da calçada esperando o sinal me deixar passar.
Só depois poderei contar, depois que o tempo passar.
Parece impossível poder acreditar mas é sensato assim pensar.
Dai o cinza vai azular e o frio esquentar.
Agora estou contando as lajotas na calçada esperando o sinal me deixar passar.

Foto do Blogueiro

21/08/2011

Um minuto no espelho por dia.

"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso."
Fernando Pessoa


Algumas pessoas têm a capacidade de sintetizar ideias de forma excepcional. Fernando Pessoa é uma delas. Incrível o que ele disse sobre o escrever e ignorar a vida. A sensação é de que foi pensado hoje, vale para qualquer tempo.
Enquanto nos dedicamos à literatura - seja ela qual for, sem discriminações, nos sentimos como que nos vendo num espelho. Olho no olho, gesto isolado, privado, único. 
Com mais atenção percebemos  coisas que nem sempre vem ao agrado. Não físico, mas de alma, escondido, bem guardado.Desviamos a atenção na tentativa de mos burlarmos e buscamos os pontos positivos. O exercício é curioso e digno de experimentação.


Ignorar a vida - suponho que o poeta quis dizer colorir a vida. Enquanto escrevemos criamos o que seria real, sem alterarmos a realidade. Um sonho sempre é narrado com grande intensidade. Fazemos isso todos os dias.


Um minuto no espelho por dia, possivelmente, nos daria melhores sonhos.










Bom domingo.













20/08/2011

Primeiro dia da folga.

Manhã de sábado e pela janela da sala vejo que o tempo não está lá essas coisas - uma chuva leve e ligeiramente frio como a moça do tempo anunciou para hoje em São Paulo. Me lembro que deixei mensagem no facebook dizendo que mesmo com essa previsão acinzentada eu iria curtir a minha folga. Afinal, sábados e domingos de boa na minha vida não foram tão comuns. Para muitos é normal - eu trabalhei a maioria deles desde os meus 20 anos. De uns tempos para cá venho saboreando os finais de semana como um bom burguês. Só falta a barriga crescer.
Nem sei porque deixei a mensagem na rede, talvez para convidar os amigos a apertarem o botão do foda-se. Folga é pra isso mesmo.

Além do fato de eu estar de folga que por si só é muito bom, me dei conta de que estou com a maior preguiça. O corpo meio dolorido e com um pouco de sono ainda, pensei que poderia ter ficado na cama por mais algum tempo. A casa em silêncio às cinco e meia da manhã só a Lucy, minha cachorrinha adorada, percebeu que seu dono já abria a geladeira para pegar o leite. Ouvi seus chorinhos no quintal.

- Vai deitar, Lucy, ainda é cedo.

Que coisa pra se dizer para o animal de estimação. Dando uma ordem a qual eu mesmo deveria cumprir.


Vá dormir animal. Pensei comigo mesmo. Não, estou de folga e quero aproveitar todos os minutos desses dois dias.

Lucy - também chamada de Ucha
Tomando meu café com leite na cozinha, sentado na cadeira de sempre e com um leve sorriso no rosto, contemplei os dias de descanso. Listei os poucos compromissos assumidos que resolveria logo pela manhã e depois, nada, absolutamente nada iria fazer. De tudo que havia planejado ao longo da semana, geralmente no carro a caminho do trabalho, naquele momento o "fazer nada" é o que mais me deixava tranquilo.




- Lucy, já disse, vai dormir!  Ela continuava a reclamar por mim.

Abri a porta da cozinha e deixei-a entrar. Uma ou duas bolachinhas, alguns afagos e ela finalmente me olhou agradecida retornando assim para sua caminha - um cobertorzinho enrolado dentro da casinha feita em plástico resistente de cor amarela e vermelha alojada sob uma escada em caracol que dá acesso a um quartinho onde minha mulher guarda seus artesanatos, protegida da chuva e toda feliz, sábia em sua decisão canina, recolheu-se ao sono dos cachorros satisfeitos.
E eu ali sentado na cadeira da cozinha, magnânimo, me dei conta da lição, recebida de quem dizem pertencer ao mundo animal - irracional.

O desejo de aproveitar intensamente a manhã do primeiro dia de folga num sobressalto me pôs em pé. Os irriquietos são assim mesmo. Sou um deles - membro vitalício do clube dos que dormem pouco.
Logo em seguida já estava eu diante do computador, lendo emails e as baboseiras de sempre nos sites de notícias. Tungagens políticas, corrupções pelo Brasil, colarinhos brancos presos e soltos quase que em seguida, fofocas, quem matou a tal Norma em alguma novela, os eliminados da Fazenda 4 e outras mais inutilidades.
Lendo e ao mesmo tempo lembrando da semana de trabalho duro que tive, as pendências pra segunda feira pela manhã.  Amigos, família - minha netinha Alice que opera na terça feira.
Veio à mente aqueles que não nos querem mais por perto, antigos e mais recentes.  A gente mobiliza ao longo da vida os afetos e também os desafetos. Precisamos sempre dirimir nossas mágoas, esclarecer os mal entendidos. Nada como uma sincera e boa prosa para que nomes em nossas listas saiam da coluna negativa e passem para a positiva. A sensação de felicidade nessas oportunidades se sobrepõe aos aborrecimentos passados.

Vejo agora que meia manhã do primeiro dia de folga se foi. Ainda tenho 1/4 do meio dia, meio dia e mais o resto do sábado. E todo o domingo pela frente.

Meu único compromisso para hoje é ir até o cartório para reconhecer firma num documento de compra e venda. Incrível que em 2011ainda precisamos "reconhecer firma" em documentos e que "Cartórios" ainda existamCoisas de tunguista. Coisas de caras de pau.
Sorte da Lucy que é irracional e nunca precisará reconhecer firma.

Com sua licença, se você está trabalhando, desejo um bom dia de trabalho e se está de folga, boa folga.

Aperte o botão.


07/08/2011

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Sentado num banco de cimento quase gelado numa pracinha em Piracaia - 90 quilômettos de São Paulo, neste último sábado olhando a movimentação dos transeuntes me dei conta que bem em frente a mim do outro lado da rua estava ela vestida de branco e azul e engraçando-se toda comigo - Lotérica Piracaia.

Sem ter nada o que fazer numa manhã quente onde o sol batia forte e muito fria onde a luz se escondia, passei a observar o entra e sai das pessoas na pequena loja de porta de aço recolhida e enrolada bem abaixo do cartaz onde anunciava o nome do estabelecimento.

Carros disputavam espaços próximos a agência e deles desciam pessoas um tanto quanto apressadas.
Gente com chapéu de palha e botinas marrons e pretas,  outras mais moderninhas, idosos e gente de meia idade. Homens, mulheres e crianças acompanhadas de adultos.
Alguns carros com lama ressecada nos pneus contrastando com os cinzas, amarelos, verdes e azuis das carrocerias dos fusquinhas, Brasílias e outros carrões mais modernos como também algumas motos 125cc.

Pra mim eram sitiantes na maioria e em dia de meia folga cumprindo o ritual da fé e como na quarta feira  ninguém ganhou o prêmio máximo, anunciava-se que o valor acumulado estava em torno de 32 milhões - quem sabe alguém tire a sorte grande neste dia e por isso valia a pena " uma fezinha" em Nossa Senhora dos Esperançosos.

Nas quase duas horas que fiquei ali sentado distraindo-me com toda aquela movimentação vi entrar na pequena casa da sorte pelo menos umas duzentas pessoas - uma estimativa pois talvez pudesse ser até um pouco mais.
Claro que mantive a discrição até mesmo pra não chamar atenção de quem pudesse estar me observando - o que olha aquele tiozinho xereta de São Paulo balançando a cabeça com um conta-gente na mão?
Na tentativa da dissimulação olhava virava a cabeça para outras coisas também mesmo sem muitas opções - moças bonitas, senhoras bem vestidas à moda interiorana, bom dia daqui e dali e assim seguia.
A cidade estava bem movimentada neste sábado com um quezinho de alegria no ar.
Carros, motos, cães e gente. Iam e vinham de todos os lugares, um dia bem agitado para uma pacata cidade do interior.
Notei que todos que entravam na loja esboçavam sorrisos que me pareciam estranhos, indefiníveis. Aparentavam determinação rumo à mudança definitiva em suas vidas. Semblantes como dos guerreiros medievais. Bravos guerreiros. Quando saiam da loja essa característica ficava mais evidente. O inimigo fora atingido no alvo, agora era só esperar.
E eu ali sentado no banco da praça curtindo o meu dia de folga assistindo o ritual do povo piracaiense e porque não dizer talvez de muitos brasileiros que faziam a mesma coisa naquele momento.
Pensei então o que faria eu com 32 milhões na conta bancária - coisa de quem não tinha mais nada pra fazer mesmo.

Registro os meus pensamentos que acho duraram alguns minutos - pareceram horas - imaginei depois como deveria estar com cara de paisagem enquanto sonhava.

__ Nossa, é muita grana! Deixaria de trabalhar do jeito que trabalho na mesma hora e mandaria muita gente à merda!

__ Faria isso e aquilo… relacionei umas cinquenta coisas pelo menos.

__ Não falaria pra ninguém sobre a fortuna. Ficaria na minha…

E meio que escondendo um remorso repentino pela tamanha soberba, numa espécie de complexo de culpa enrrustida, complacente, proclamei:

__ Ajudaria muita gente. Meus filhos, meus genros e nora e minhas netas. Os amigos mais necessitados não seriam esquecidos. E porque não montar uma creche, um asilo e quem sabe um orfanato?
Sim, faria isso tudo e com eterno agradecimento pela graça recebida, estaria de bem com Ele. (Quem sabe Ele percebesse agora esses meus nobres pensamentos e me desse uma forcinha com o prêmio - que profundeza de pensamentos diante de eu me apropriar dos 32 milhões acumulados).

Mesmo sem chapéu de palha e com jeitão de caipira paulistano pedi pra minha mulher que naquele momento vinha ao meu encontro, que fizesse um jogo pra mim - evito agências bancárias, supermercados ou qualquer outra situação onde tenha que encarar filas. Não suporto esperar.
Ela foi gentil aos meus apelos, atravessou a rua com os números sugeridos nas mãos e encarou a fila com sábia paciência. Fez a minha aposta com fé enquanto eu, do outro lado da rua sentado no banco de cimento, continuava a olhar as moças bonitas que passavam pela rua e a contar o número de pessoas que atravessavam a Porta da Esperança.

Hoje um domingo com sol de inverno em São Paulo, diante do meu novo computador leio no site o resultado da Mega-Sena de ontem:

Um ganhador  -  07 10 32 43 47 54 

Sem creches, sem asilos e orfanatos e na mesma os parentes e amigos ficarão. Acho que Ele preferiu assim.

E pior, não mandarei ninguém à merda. Ao menos por enquanto.

Bom domingo.

03/08/2011

Ler o horóscopo diariamente significa que precisamos de férias?



Não sei porque, mas geralmente pela manhã quando busco algum site de notícias, invariavelmente me dou conta que estou lendo o meu horóscopo.
A ideia ao entrar num site de notícias logo pela manhã é encontrar alguma informação que me prenda a atenção por um tempo pelo menos, assim me ajudando a despertar. 
Pura bisbilhotice global.
Uma coisa aqui outra ali e em menos de um minuto lá estou eu clicando no "Capricórnio". 
Gesto involuntário que depois de lida a mensagem a frase vem à mente na velocidade da luz: bobagem ou um - será? 
Parece difícil começar o dia sem dar uma passadinha por lá e saber o que nos espera e, claro, questionar quando a previsão não é lá essas coisas. Seria um primeiro toque de esperança?
Na real saber o que nos espera a gente sabe - o de sempre: encarar o trânsito na ida e na volta, muito trabalho, compromissos, horários apertados, gente pedindo isso e aquilo. Aflições, expectativas, planejamentos, realizações e por ai vai. Família, trabalho, amigos e encrenqueiros (nas três categorias).
Durante a semana a rotina nos deixa com a sensação do "sem graça". Lá no fundo não é bem assim.
O pior de tudo que depois de lida a previsão astral vem o exercício da interpretação com associações com tudo e todos que nos cercam.

Hoje por exemplo:

"A maioria das pessoas com as quais convive ainda não lhe disse tudo que sente e pensa quando você as fere, mesmo sem perceber. Marte anuncia que há descontentes. O difícil será ler suas atitudes. Seja o primeiro a propor o dialogo construtivo"

Será que os marcianos estão preocupados com as pessoas que nasceram entre o período de dezembro e janeiro anunciando que estão descontentes com a gente? 
Caramba! Em meio a 7 bilhões de seres humanos que vivem neste lindo planeta azul é natural que haja descontentes. Pra mim é certo que tem aos montes.
Propor diálogo parece mais oferecimento de trégua em tempos de guerra.
O pior é que não posso nem reclamar - o cara que escreve e leia e considere quem quiser.

Proponho a mim mesmo - Meu caro, se recolha para umas férias, descanse e desligue-se de tudo, inclusive dos astros conspiradores. Relaxe, curta mais a vida!

Em tempo: Marcianos, plutonianos, jupiterianos, mercurianos e demais ET's - vão plantar batatas!!!

Lua, você não, você pode ficar, por favor.