29/04/2015

No imperativo (Ganha Bolachinha)

A doce ilusão da liberdade 
Jacques-Armand Cardon
Deita! 
Dorme! 
Finge de morto! 
Corre para esquerda! 
Agora para direita! 
Balança o rabo! 
Fica triste! 
Faz cara do bobo! 
Isso, muito bom! Ganha bolachinha! 

Morreu! 
Acordou! 
Procurando! 
Dormindo! 
Correndo! 
Morreu de novo! 
Cadê o lobo? Auuuu! 
Muito bom mesmo! Parabéns! Ganha bolachinha!


21/04/2015

A dois passos do Paraiso


Sobra um tempinho? Escapo mesmo. Quilômetros e quilômetros de onde vivo? 
Não! Algumas horinhas, somente. De carro chego rapidinho. 
Cada vez mais acredito que meu lugar é fora do tumulto, da vaidade e das coisas que absorvi ao longo da vida. 
Chego lá uma hora, quando deixar de ser um soldado.
Amplie as fotos, clique nelas e assista melhor.
















Até logo!

15/04/2015

AS FOLHAS SABEM PROCURAR PELO SOL

Imagem do blogueiro intrépido 
De saco cheio dou uma viajada no tempo. Faço questão somente de me lembrar das coisas boas. Do resto, deixo de lado, nem me lembro e nem sei do que se trata. 
É preciso relaxar e como disse o poeta, as folhas sabem procurar pelo sol. (lembrei da frase hoje enquanto dirigia pelo intenso trânsito de São Paulo). 
A natureza nos leva ao sol quando precisamos dele.

Baby 
Você precisa saber da piscina, da margarina, da Carolina, da gasolina. Você precisa saber de mim. 
Baby, baby, eu sei que é assim… Baby, baby, eu sei que é assim. 
Você precisa tomar um sorvete na lanchonete, andar com a gente, me ver de perto, ouvir aquela canção do Roberto. 
Baby, baby, há quanto tempo… Baby, baby, há quanto tempo. 
Você precisa aprender inglês, precisa aprender o que eu sei e o que eu não sei mais… e o que eu não sei mais. 
Não sei, comigo vai tudo azul, contigo vai tudo em paz, vivemos na melhor cidade da América do Sul, da América do Sul. 
Você precisa, você precisa, você precisa. Não sei, leia na minha camisa. 
Baby, baby, I love you… Baby, baby, I love you.  

Panis Et Circenses
Eu quis cantar minha canção iluminada de sol. Soltei os panos sobre os mastros no ar. Soltei os tigres e os leões nos quintais. Mas as pessoas na sala de jantar são ocupadas em nascer e morrer. 
Mandei fazer de puro aço luminoso, um punhal, para matar o meu amor e matei, às cinco horas na avenida central. Mas as pessoas na sala de jantar são ocupadas em nascer e morrer. 
Mandei plantar folhas de sonho no jardim do solar. As folhas sabem procurar pelo sol e as raízes procurar, procurar. 
Mas as pessoas na sala de jantar, essas pessoas na sala de jantar, são as pessoas da sala de jantar. Mas as pessoas na sala de jantar são ocupadas em nascer e morrer.  
Pronto volto agora para 2015 - Back to the Future! Desopilado e só com ideias boas na cabeça.
Caetano Veloso e Gilberto Gil, sem que soubessem, contribuíram para o blog. Obrigado aos dois. Eternamente grato.


12/04/2015

Correntes solitárias, a fé e eu.

Imagem do blogueiro intrépido
Lamento dizer que, pra mim, a manifestação anti Dilma e PT que ocorre neste domingo pelo país, ideia a qual me alinho, me lembra e muito as procissões católicas de Piracaia: 
meia dúzia de gatos-pingados andando pelas ruas da cidade em correntes solitárias, cantarolando coisas incompreensíveis, rogando o metafísico em noites de lua cheia das sextas-feiras frias de outonos de folhas secas caídas ao chão.
Convicto, continuo acreditando que políticos e adeptos não servem para nada, além de me provocarem fortes diarréias. 
O sistema é poderoso, é mais um Deus. 
Tá bom, depois chegou mais gente. 

09/04/2015

Racionais

VOU LOGO DIZENDO: NÃO SE TRATA DE MC's.
Entre os Poderes da República aqui se esconde o verdadeiro perigo.  É daqui que saem os Chefes que controlam os outros dois Poderes.
E tudo meticulosamente tramado e endossado pelo nosso legítimo voto, tudo com nossa aprovação.
Sem querer acabei lendo as anotações de um amigo. Ele esqueceu seu caderninho no banco de trás do meu carro ontem quando lhe dei carona. 
Junto deste estava dobrado um jornal e óbvio no caderno de política, onde se lia a manchete que falava alguma coisa sobre deputados em Brasília que aprovariam coisas contrárias aos direitos dos trabalhadores. 
Esse amigo é leitor de política. Pra mim, acho uma perda de tempo, mas. 
Fiquei chocado com o que li, um desabafo dos mais sérios, não somente por ele, mas pelo que representava.  
Acabei me dando conta que esse amigo estava mesmo era deprimido. E pior, muito pior, além disso, constatei que ele não acreditava mais em Deus.  
Vá-lha-me, Deus, nosso Senhor Jesus Cristo!
Pobre amigo, rezarei muito por ele.  
O desabafo se escancarou da seguinte maneira: 

OS RACIONAIS 
Noto serenidade, coerência e dignidade na vida dos seres irracionais. Vida e morte fluem espontaneamente por este universo. 
Na dos racionais, no entanto, as coisas parecem diferentes. Os vejo tortos, deformados e sem virtudes. 
Me pergunto o motivo de sua existência e da persistência deles no planeta. Me esforço para tentar compreender o que fazem por aqui, mas fico sempre sem respostas. 
Desde quando? Não sei dizer, desde o princípio dos tempos, talvez. 
Provocarão os racionais o final dos tempos? 
Tudo indica que sim. Malditos!
Individualmente eles até aparentam simpatia, inteligência,  sensibilidade e alguns até nos surpreendem com a intensidade dessas características. 
Mas quando se agrupam tornam-se tão terríveis, revelam a verdadeira essência de sua composição. É coisa triste de se ver. Covardes!
Uma espécie a qual se tentou o máximo e se alcançou o mínimo. Uma experiência falha. 
Se alguém ou algo de fato criou deliberadamente os homens e sua racionalidade, esse alguém ou algo errou feio e muito feio, aliás.   
Escondi o caderninho de mim mesmo e se o amigo me perguntar amanhã se eu o encontrei no carro, direi que não. 
Não quero que ele se sinta constrangido por eu saber que ele é um ateu enrustido, acho mais racional assim.