10/09/2014

Cérebro Laico

Imagem Google

No rítmo que segue a campanha eleitoral para a Presidência da República, acho que Dona Dilma já dançou e dançou um quadradinho de quatro. Ela e sua trupe. 

Por mim já vão tarde, pois pelo que fizeram, nem deveriam ter vindo. Seu modelo de governo foi mais um que se seguiu comum aos demais.

O duro será encarar a tal de Marina Silva como Presidente ou Presidenta. Aliás, fica a pergunta: dente ou denta?

Ela está com tudo e não está prosa. (Será que não?) 

A turma avessa está metendo o pau nela e isso significa que sentem que já dançaram.

Vai ser outro jogo duro encarar quatro anos de blás. Mais duro ainda quando ela tentar se reeleger depois desses quatro anos. Isso faz parte da regra.

Sem entender muito de política eu sempre achei que o Aécio Neves não tinha jeito para Presidente da República, que ele não cairia no gosto popular. 
Talvez concorrendo para a presidência de alguma Escola de Samba em Belo Horizonte ou até em São Paulo tucano, talvez. Mas para Presidente do Brasil, acho que não. Agora não, pelo menos.

Aliás, acho também que ele se parece mais com um pastor de igreja evangélica do que o próprio candidato de Deus, o Everaldo, portanto, um belo enganador. Ambos são, ao meu ver.

Divertido é ouvir as reclamações da comunista Luciana Genro, as ironias do Levy Fidelix e as boas intenções de Eduardo Jorge, aquele que carrega sempre o semblante da simplicidade, aquele que tem o olharzinho de consumidor do canabis. Nada contra.

Esses candidatos são uma espécie de lado lúdico da campanha. Sempre tem o grupo folclórico. Chamá-los de nanicos é pejorativo demais.

Fico perplexo com  democracia que criamos. 

Sinto que o país está na nas mãos da ditadura ainda. Ela não tem forma humana e nem é representada por uma única pessoa, um ídolo colossal como Chávez na Venezuela. Nossa democracia é um Estado, um Monolito, um Subjetivo.

Esse Estado é pesado demais e nos vigia até quando dormimos. Ele nos ilude com opções frágeis provocando a ilusão do livre arbítrio. 
Nos separou por classes sociais, por cor de pele, por sexo, por crenças, por partidos políticos, times de futebol, e por ai vai.

Somos um mentiroso Estado laico.

A instituição foi montada sob dogmas fascistas, um fascismo com ares democráticos. 
Um Estado que para se dar bem o sujeito tem que entrar no rítmo dele, numa espécie de dá ou desce.

E nós damos direto pois já somos 200 milhões. Faccionados, mas já um contigente assombroso.

E viva a nossa democracia laica.


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