19/03/2013

A primeira impressão é a que fica.

 ERRADO, NÃO CONCORDO.
__ Olha, eu vou tirar. Quando eu tirar você abre, quando você abrir eu ponho de novo e quando eu pôr você fecha bem devagarinho. Ok? 
__ Tá bom. Então tira. 
__ Espera, eu te aviso… vai… agora! 
__ Abri. 
__ Isso, abre mais. Aí… agora eu ponho… Pus! Aguenta mais um pouco, isso assim… agora vai fechando… bem devagar, suavemente. Isso… devagarinho. Aí… boa, gostei. 
Fragmentado esse diálogo pode dar outra ideia. Na verdade foi somente parte de um todo. Trata-se de um trecho da comunicação entre um diretor de TV e um cameraman durante a gravação de um programa de TV, lá em 1981, o qual ouvi, achei interessante e guardei. Como operador de vídeo, pelo fone de ouvido, usávamos na época, acompanhava o diálogo entre a direção de imagem e os operadores de câmera.  
Traduzindo para melhor compreensão do amigo que desconhece a rotina da TV.  
A orientação do diretor de imagem foi para que assim que ele cortasse para outra câmera, o cameraman fizesse rapidamente um movimento de zoom, abrindo o enquadramento num plano geral e após esse movimento o diretor voltaria para sua câmera para que ele pudesse fazer o movimento contrário, bem lento até chegar num close-up do artista que se apresentava. 
Simples, não acha? Pois é. 
Há sempre a possibilidade da interpretação precipitada. Do que se vê ou do que se ouve, sem ponderação, a coisa pode ficar mal compreendida. Não se deixe levar pela primeira impressão. Certifique-se sempre.
Até hoje eu tento isso, vira e mexe eu caio nessa.

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