28/05/2013

Escovando os dentes com Deus, o Diabo e os Banqueiros.

Acreditar em Deus me deixa seguro. Acordei pensando nisso. Devo ter sonhado alguma coisa ruim e acordei com muito assustado. Um homem de quase sessenta anos com medo de escuro não é coisa normal. Me cobrei.
A ideia de existir alguém que possa estar em todos os lugares ao mesmo tempo, um que conheça nossos pensamentos, até os mais remotos, dizendo que devemos teme-lo, pois Ele detém a verdade, nos obrigando a seguir seus passos, me preocupa.
Será mesmo que Ele, na eventual existência da forma propagada, faria uma coisa dessas: ameaçar em um pobre coitado em troca da fidelidade? Seria um teste do tipo que o João Kleber faz na TV? Duvido.

Depois do medo ter passado, coisa que durou pouco, mas que foi muito intenso, quase uma paúra, escovando os dentes, eu pensei: porra nenhuma, inventaram um fantasma pra me controlar. Desde que me conheço por gente me fizeram acreditar que devo medo a essa entidade.
Na verdade inventaram dois, um do bem, que seria o próprio Deus, do qual deveria segui-lo incondicionalmente todos os instantes da minha vida e um outro, um do mal, este recebendo o nome de Diabo. Esse é o capeta, o cão, coisa ruim. Um se contrapondo ao outro. Deus e o Diabo, deveria tê-los escrito em minúsculo, mas acho que me traí aqui pela influência da educação. (ou medo remanescente do sonho não lembrado).

Poderosos se apossaram dessa ideia e batizaram com o nome de religião, assim mobilizando pessoas o tempo todo, ameaçando e cobrando nossa razão. Estimulam, se enriquecem e nos escravizam.
Ostentam templos gigantescos, emblemáticos, majestosos, por todos os cantos do mundo, sinal de dominação. Doutrinam nossa fé, aliás, fazem ela brotar diante das angústias e mazelas da vida. Nos fazem sentirmos a subserviência.

Do filme que assisti ontem, um documentário na verdade e que circula pelo YouTube, retirei uma frase: "A religião lida com bilhões de dólares".

O filme em três blocos, discute em sua primeira parte a fé cristã e outras em paralelo. Assegura que Jesus Cristo talvez nem tivesse existido, não passa de mais uma história de doutrinação. Pra quem tinha Jesus como ídolo até bem pouco tempo, me choquei. Percebi que a ideia dele ainda me mantém preso.
Na segunda parte o filme induz acreditarmos que houve uma conspiração em torno do evento de 11 de setembro em Nova York, assim como em outros eventos catastróficos na história recente, com objetivo único de estimular o ódio contra alguém ou contra uma nação, justificando a guerra que é um grande negócio para quem detém o poder.
E na terceira e última parte, o poder nefasto do capitalismo e dos banqueiros internacionais. Mais do que nefastos, demoníacos.
Inicia contando um pouco da história da formação da América, de sua independência e de quando homens espertos se deram conta que a manipulação do dinheiro através de um Banco Central, em caráter internacional era um negócio da China.

No mínimo o filme é curioso. Se você assisti-lo, não se deixe levar pela boa edição que nos empurra à descrença na ordem geral. Mas quem afiança a veracidade ou não dos relatos? Ao menos este filme serviu para questionarmos a possibilidade da veracidade dos fatos históricos e suas cosequências nos dias de hoje. A mensagem final é clara: só o amor se contrapõem ao ódio e à cobiça.

Assim iniciei meu dia, com os dentes limpos, hálito puro e com boa fé, porém, cauteloso. Acho que essa é uma característica minha.

Se ficou curioso e tiver algum tempo, assista pelo YouTube.

Zeitgeist 1: The Movie (2007) Legendado.

Bom dia.

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