![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigvWfGJFa0_R7f-nswQND_qoSZC7hW9SMgVa2BfiCfEnruYEDmN4M5RPvLDU3jaaV7gDmxqHcQZsUm9_zN6vneZdabLaoOqqWAmNmRh2DFpCQFoJlesU_a_a9-emCnlMOY1pb4X6jAu4dT/s320/orwell.jpg)
Imediatamente após a conquista, movimento liderado pelos porcos, cometeram o primeiro engano: estabeleceram as primeiras regras, as leis que seriam soberanas e nelas nitidamente ficaram expostas a raiva e o ódio e se fez como contraponto aos valores do homem.
Os mandamentos somaram sete e foram fixados em letras grandes na porta do seleiro para leitura diária de cada animal da fazenda. Um grito de liberdade.
1 - Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo
2 - Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas ou tenha asas é amigo.
3 - Nenhum animal usará roupas.
4 - Nenhum animal dormirá em camas.
5 - Nenhum animal beberá álcool.
6 - Nenhum animal matará outro animal.
7 - Todos os animais são iguais.
Tempos depois aos poucos percebeu-se a decepção na maioria absoluta dos animais. A vida dura não mudou, mudou sim foi a interpretação da forma de como eram submetidos nos novos tempos. Os porcos assumiram a liderança, se instalaram na casa da fazenda e de lá ditavam as regras de pressupostos comunitários e aos poucos assumiram a mesma postura do antigo dono. Mas agora, tudo dentro da lei, em benefício de todos. Foram implementados somente pequenos ajustes na constituição:
4 - Nenhum animal dormirá em cama com lençóis.
5 - Nenhum animal beberá álcool em excesso.
6 - Nenhum animal matará outro animal sem motivo.
7 - Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.
George Orwell escreveu Animal Farm que no Brasil recebeu o nome de A Revolução dos Bichos, como uma metáfora até que humorada, criticando com seu modo libertário, qualquer tipo de autoritarismo, tiranias que vêm e que vão a todo tempo e que persistem na convivência entre os homens, em todos os níveis - em família, em comunidades, nas organizações religiosas, de trabalho, no capitalismo e no comunismo (solialismo em linguagem mais contemporânea).
Li o livro quando ainda era jovem, época imatura em que paquerava filosofias marxistas utópicas, hoje compreendidas por mim como impraticáveis pela nossa natureza. Agora, depois de décadas retomei a leitura e me surpreendi o quanto a metáfora cabe em 2012. Infelizmente.
Recomendo a leitura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário