04/07/2012

Clima de final de Copa do Mundo

O clima é de final de Copa do Mundo.
Fiz uma pequena cirurgia hoje cedo e o resto do dia passei de molho em casa. Seria para descansar, mas. Amanhã volto ao trabalho. O que me restou durante boa parte da tarde foi acompanhar pelos sites o noticiário. Li tanta coisa, mas o que me chamou a atenção foram as manchetes, a grande maioria falando da final da Libertadores. Corinthians e Boca Juniors se encontram logo mais no Pacaembu para o jogo decisivo. Até minha vizinha de 94 anos sabe disso e a velha corinthiana está vibrando uma hora dessas.
Não encontrei nenhum jornalista que apostasse na derrota do time brasileiro, pelo contrário, acreditam e muito no resultado positivo do Corinthians. Mostram-se grandes entendedores do assunto, parece que são mesmo. Conhecem bem histórias de jogos de anos atrás, resultados antigos, dados curiosos, mas, resguardando-se na máxima jornalística de que a imparcialidade é fundamental na profissão, alertam com veemência a dificuldade que será vencer o time argentino. …é preciso ter muito cuidado com o Boca… a tática argentina é de deixar o adversário nervoso… e por ai vai. Pareciam que os artigos saíram da mesma redação, sob a batura editorial de um único editor que, naturalmente é um brasileiro desde criancinha. (mesmo que ele seja um argentino).
Foi difícil não me envolver com o assunto. Juro que tentei, mas não deu. E daí. Fui fundo e fui lendo com atenção. Afinal estava de molho mesmo.
Neste momento, quase sete da noite, estou pendendo a colocar a bandeira do Brasil na porta de casa, assim como fazemos a cada quatro anos em Copas do Mundo. A gente acaba se envolvendo mesmo. 
Mas, evidente que não chegarei a tanto. Me matam por aqui, afinal só tem palmeirense em casa.
A Globo na maior cara de pau anuncia que o Corinthians é o Brasil. Tudo se explica pela audiência. É do negócio. Mas nós, os terráqueos é quem devemos ficar atentos.
O que teremos hoje é uma decisão de um torneiro de futebol, uma boa e gostosa partida de futebol para assistirmos. Uma prática esportiva somente e deveríamos encara-la assim. A imprensa inflama e o cidadão espremido no sufoco diário encontra o ponto de convergência e explode.
Bobagem. Se o Corinthians ganhar, vibrem quem torce para esse time. Se o Boca ganhar, bom para os torcedores argentinos. 
Quem perder, por favor, não destrua o patrimônio público. Não mate e nem espanque seus opositores. Isso é coisa feia, a mamãe de vocês não iria gostar. (do pai, não se sabe a reação, pois nem a mãe do agressor o conhece).
Vale mesmo a festa para quem ganhar e a sabedoria para quem perder. Lembrando que tem muito mais pela frente pra se curtir. Vamos nessa, de boa! Sem bandeiras, sem pátrias e sem ideologias. Só relaxo.

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