17/07/2013

Mais atrevimento pela frente.

Depois de três semanas tranquilas, me sinto mais calmo. Depois de décadas trabalhando duro, aos cinquenta e nove, sou mais seguro. Depois de anos de dedicação à vida profissional, me sinto mais sereno. Gostaria de tomar outros rumos, ideias não me faltam, mas sei que devo continuar no mesmo caminho, não sei por quanto tempo ainda, mas é o que quero e vou fazer neste momento. Ninguém me segura e tempo pela frente eu tenho.
Não se trata apenas de desejos, se trata também de necessidades práticas. Práticas da alma e do bolso. Gosto de estar na ativa e preciso sobreviver.Quando criança eu me imaginava aos sessenta anos sentado numa cadeira de balanço em frente a uma lareira me aquecendo do frio e da chuva que cai do lado de fora. Alguém trazendo uma sopa quente pra mim e me cobrindo as costas, dizendo para eu me proteger do reumatismo. Agora com quase essa idade sei que sou a mesma criança de sempre, cheio de planos, vitalidade e vontades. 
Fico louco quando me dizem que tenho idade para me aposentar. Gente, eu não tenho. Gosto de bagunça, pra mim a vida tem ritmo acelerado.
Fico triste quando vejo jovens se enchendo de vícios, sem rumo, sem planos, com medo do atrevimento, receios da incoerência. Arriscar-se por um sonho é o que temos de melhor na vida.

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