06/06/2012

Blackbarry e o susto de terça e quarta.

O Blackbarry tocou às seis e meia da tarde, em ponto nesta terça feira, ante-véspera do feriado. O som característico dos telefones antigos soou em meus ouvidos como se estivesse num escritório de contabilidade em 1952. Olhei de lado e vi o aparelho luminoso, insistentemente tocando como se aos berros me pedisse para que o atendesse. Sim claro, o identificador de chamadas acusou o nome do reclamante. Na verdade era a reclamante - minha mulher.
Estranhei, raramente ela me liga, ainda mais nesse horário.
__ Oi!
__ Oi, Ro. Você vai demorar para sair?
__ Não, por que?  Acho que lá pelas oito, oito e pouco, como sempre.
__ Ah! É que estou passando mal, preciso que você me leve para o médico, acho que é o coração.
__ Como assim? 
__ Só pode ser, não aguento mais tossir e a dor no peito está forte. Não sei se é muscular de tanta tosse dos últimos três meses, mas acho que tem alguma coisa diferente. Vou para o Incor. Não vou em qualquer médico.
__ Aguenta ai que já estou saindo. Deve ter muito trânsito agora na Marginal, mas já estou de saída.
Uma hora e quinze minutos depois estacionava o carro na porta de casa. Entrei rápido e a vi estatelada no sofá. Baita susto.
__ E aí, como você está?
__ Nada bem. Respondeu chorando e tentando me explicar.
Cinco horas depois estávamos novamente em casa. Aflito encarei o caminho do Incor. A cardiologista que nos atendeu detectou problemas sérios no coração decorrente de um esforço do músculo vital à vida, pelo trabalho excessivo oriundo da pressão alta - 20 x 12. Não entendo bem esses números, mas pelo jeito que a doutora falou e ainda conferindo para certificar-se, fiquei mais do que preocupado. Eu e a minha esposa.
Medicada pôde retornar para casa com o compromisso de ir a um cardiologista no dia seguinte e com este buscar o tratamento para a solução do problema. Isso foi feito.
Hoje, quarta, no final do dia estamos um pouco mais tranquilo. O que tinha que ser feito foi feito. E a situação está sob controle. Acho.
O bom que é hoje ela realmente deixou de fumar. Prometeu, mais que prometeu, se comprometeu com o médico cardiologista e comigo que jamais colocaria um cigarro na boca.
Agora, resta eu. A patifaria tem de ficar de lado para eu deixar de fumar também.



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