30/12/2011

Planos para 2012

Todo final de ano é a mesma coisa, a gente faz uma listinha das coisas que pretendemos fazer no ano seguinte.
Incrível como pensamos nisso a cada final de ano, não é? Quem não faz a sua? Se não as escreve num diário (hoje, acho que nem existam mais) ou num computador em um arquivo mantido com senha de 8 dígitos, ao menos, pensa neles. Uma, duas ou três coisas no mínimo são relacionadas.
Elas vão desde parar de fumar até conquistar a pessoa amada, passando, eventualmente, por uma troca de emprego. 
Eu tenho a minha desde garoto. Originalmente tinha cerca de cinquenta e seis ítens e a fiz quando devia ter uns 12 ou 13  anos, mais ou menos, e entre eles o de ficar rico, muito rico foi citado no primeiro ítem. 
Para um moleque pobre é natural que essa pretensão encabece sua relação.
Algumas vezes perdia a folha com a relação. Minha mãe, com sua eterna mania de limpeza, vira e mexe dava uma faxina geral em casa e minhas coisas acabavam indo para o lixo. Eu não podia nem reclamar, afinal, era um segredo. Ficava puto da vida, mas me mantinha na minha. Acho que foi nessa época que aprendi a me controlar. Como alguém quando ganha no jogo do bicho e não recebe, não podendo reclamar com o bicheiro e nem com o Papa. 
Sorte a minha, pois tinha tudo de cabeça, as principais metas pelo menos, e quando lembrava de outras, ia correndo para um caderno escolar de mentira, misturando às matérias, os meus planos. Assim me protegia dos inoportunos vendavais de limpeza. 

Fui dando conta que, na verdade, não chegava a um número tão alto. Fui riscando ao longo da vida, algumas menos importantes (menas, como diria algumas pessoas). A gente muda com tempo.
De cinquenta e seis originais, hoje não passa de dez. Está certo que muitas foram realizadas, mas essas dez ainda persistiram ou foram surgindo. 
Considerando que aos quase 58 de idade, se não tivesse realizado boa parte delas eu seria um grande frustrado. Acho que não sou. Frustrações todos carregam na vida, mas não me deprimo com as minhas, afinal desde cedo percebi que antes de sentir qualquer tipo de depressão, deveria avaliar melhor quantos patetas estavam ao meu lado. Saio fora deles. Esses sim poderiam me frustrar. Busquei a vida toda estar ao lado dos mais corajosas, determinados, pessoas com sonhos que os idiotas julgam idiotices. Os idiotas são deprimidos por natureza. Ser não é Estar. Estar, ficamos às vezes, mas tendo uma relação secreta de objetivos, o baixo astral passa rápido. É só lembrar dela e seguir em frente.
Me referi aqui ao ser deprimido. Somente os patetas são.

Voltando à lista. Atualizei a minha e nessa risquei o de ser muito rico. Rico talvez, mas também defini melhor o que é pra mim ser rico. Diferente do Tio Patinhas que tem um cofre gigantesco de moedas de ouro e mergulha nelas de tempo em tempo, a riqueza pretendida agora é um pouco diferente - já não passo fome  e algumas moedas, preciso te-las, pois meus planos são um pouco ambiciosos e exigem algum custo, mas muitas moedas, realmente não as quero. Os banqueiros não vivem, acho que são eternos deprimidos.

Objetivamente aqui estão  as pretensões para 2012. Não citei o óbvio - estar com minha esposa e família amada, o mundo sem guerras, sem fome, sem sofrimento e sem maus tratos. O Brasil melhor, coisas assim. Tudo isso a gente quer mesmo. E não estão na ordem de prioridades, todas são importantes individualmente. Com exceção do quinto ítem, esse não abro mão, nunca.
Por que as divulguei no Blog? Não sei, sou assim, gosto de falar e quando sozinho, escrever. E também, pouquíssimas pessoas irão se interessar à leitura delas. Mais os curiosos ou amigos mais chegados.
Bem, vão elas:

1 - Me manter no tipo de trabalho atual por mais dois anos;
(de saco cheio, mas ainda preciso - de preferência na mesma empresa ou mesmo em outra, elas todas são muito parecidas, não faz tanta diferença)

2 - Parar de fumar e dar mais atenção à minha saúde;
(consegui em 2011 ficar três meses sem fumar, voltei por patifaria e muita ansiedade)

3 - Concluir o livro que iniciei no final de 2010 e iniciar outro;
(ficção baseada em fatos reais - escrevo sem muita rotina - faltou disciplina e maior velocidade o outro, um amigo sugeriu minha história dentro da TV - ponto de vista de um funcionário humilde que cresceu dentro de uma emissora de TV que também cresceu - considerar isso)

4 - Esboçar os dois projetos para série de documentários que pretendo realizar no futuro, prevejo para 2015; 
(um sobre a formação das cidades do interior de São Paulo, as grandes cidades e outro sobre a formação dos países da América do Sul - exige pesquisas, visitas, tempo e dinheiro - tanto pelo interior do estado quando pelos países vizinhos)

5 - Acompanhar de perto o Dudu, meu filho mais novo;
(ele não está numa boa fase, garoto ainda, precisa do pai por perto, vou fazer isso com dedicação, mesmo com prejuízo dos demais ítens)

6 - Ficar mais atento com as finanças;
(sempre fui desligado nesse assunto, preciso me organizar, fechar a mão um pouco)

7 - Ler pelo menos 12 livros e assistir o maior número de filmes e documentários possíveis;
(um livro por mês em média, técnicos, astronomia, filosofia e sobre vinhos)

8 - Comprar uma moto - Harley Davison de preferência;
(tirar a tal da carta, finalmente)

9 - Desfazer os maus entendidos deixados do ano anterior;
(acelerado, sempre fui mal nisso - é bom para a paz de espírito de todos, dos amigos e minha mesma)

10 - Me manter longe de idiotas;
(não posso me deprimir com eles e dar atenção somente aos otimistas, positivos e realizadores)


Risquei a do astronauta, além de achá-la muito difícil, tive que priorizar somente dez para 2012. Fica prá depois.

Vamos em frente.










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