18/03/2016

MANSOLIÓIDE

A doença do terceiro milênio 
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 O corno manso é um crente de carteirinha.  Tem título do clube e paga a mensalidade rigorosamente em dia. Ele acredita firmemente na parceira ou no parceiro somente pela convicção de que está do lado da única verdade do universo. 
O manso é um intransigente convicto. 
Não existem argumentos que o convençam de que talvez, somente talvez, sei lá, por uma lapso qualquer, sua parceira ou parceiro cometeria sequer um minúsculo, quase imperceptível errinho de nada. Essa possibilidade o manso considera absurda.
Nunca o provoque, a reação do manso é desacerbada. 
Em algum momento da vida, intra ou externa uterina, ele, ainda na condição de bravo, é contaminado pelo mansolióide, um vírus que provoca a degeneração lenta da percepção e gera no cérebro uma visão distorcida da realidade. 
O manso inverte os fatos toda vez que se sente ameaçado, provavelmente para compensar um relaxamento intelectual que é outro sintoma da doença.  
Mansolióide é também conhecida como lavagem cerebral mansa (LCM). 
O mundo está infestado de cornos mansos e o Brasil contribui bastante para que esse contingente chifrudo se mantenha em crescimento.  
Mansolióide, seria uma nova epidemia?

13/03/2016

13 de Março

PODE VIRAR NOME DE RUA UM DIA OU DE AVENIDA, TALVEZ. 
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Esta data entrará para a história do Brasil como o dia em que milhões de pessoas se manifestaram contra um governo que ele mesmo elegeu e contra uma corrupção que nem o mais pessimista dos pessimistas poderia imaginar a grandeza, uma em escala tão gigantesca que até os próprios corruptos agora presos, assustados, delatam "companheiros" na tentativa de uma sobre-vida. O nome é Delação Premiada. Me lembra nome de programa do SBT.
Não me recordo de nenhuma outra manifestação, pelo menos nas últimas décadas que tivesse mobilizado tanta gente pelo país, nas capitais e cidades do interior. Parecia final de Copa do Mundo, daquelas dos velhos tempos. Vimos um sem número de pessoas clamando pelo fim do governo Dilma, pela prisão de Lula e de todos os envolvidos nas tramóias descobertas.   
De modo geral ela foi bem pacífica considerando as proporções e carregou a marca que toda movimentação espontânea tem, o brilho nos olhos das pessoas.  
Ninguém aguenta mais a situação do país, a inoperância do governo, a incompetência deslavada da presidente Dilma, que sabemos está lá, somente por força da então popularidade do ex-presidente Lula. Ninguém suporta mais as manipulações dos senadores e deputados federais que vivem loteando pedaços da administração pública, chegamos ao cúmulo da bagunça.
O país está escandalizado, não somente pelos absurdos apurados pela PF que vem revelando à cada operação a sujeira que é a máquina da administração pública no país, mas também pelas pessoas envolvidas nessa sujeira. Ninguém aguenta mais tanta cafajestice. 
Ninguém? Bem, não é bem isso. Alguns insistem ainda apoiando e defendendo a situação em nome de um discurso democrático, argumentando um suposto golpe e provavelmente rendendo-se à ética corporativa que existe até mesmo entre bandidos, ou então, simplesmente por pura fé, afinal as pessoas creem. 
Para mim essa turma personalizou o governo, valorizam a adoração a ídolos, assim como as ditaduras e as religiões fazem pelo mundo e por eles dão a vida ou a inteligência. 
Tá certo, opinião não se discute, cada um tem a sua e ponto final. Mas os argumentos são de doer a sola do pé, coisas do tipo: o Aécio também roubou no governo de Minas e a imprensa golpista e a PF não dizem nada, o FHC teve amante também e nada, o Alckmin fez isso, o Serra, o não sei quem mais. Dividem o Brasil em duas facções, eles e os outros. Desculpe, é broxante demais pra mim, isso pra não dizer estúpido. 
E ainda juram de pés juntos que existe uma perseguição política/ideológica nas investigações da PF coordenada por forças imperialistas e dessa forma contestam o óbvio e querem porque querem a cabeça do juiz Sergio Moro assim como fizeram com Joaquim Barbosa, o ministro no processo chamado, Mensalão. Este sumiu do cenário, aposentou-se.
Achei o cúmulo quando Lula, uma espécie de imaculado para os que creem nele, foi chamado para prestar declarações na PF para explicar a coisa do apartamento no Guarujá. Oh que ofensa! Isso é tentativa de golpe! Isso é um absurdo! 
Realmente as opiniões, não diria que hoje se dividem, mas se contorcem. E pior, pelo visto, o sujeito não explicou nada e ainda quis sair de herói e os seus aplaudiram. Viva, Lula!
Enfim, por essas e por outras é que acredito que hoje o povão acordou de verdade, fazendo o 13 de março um dia significativo para a história do país e espero que seja para o bem dele e de todos nós brasileiros e dos que vivem aqui.
Viva o Brasil! 

14/02/2016

Descubra se você é um gênio

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Olha só, você pode identificar uma pessoa genial pelos hábitos dela, inclusive, os seus, se for o caso.

8 hábitos bizarros que indicam que você é um gênio, segundo a ciência
Fonte: Somecards e Mega Curioso 
Parece que a cada dia surge um novo estudo científico sugerindo uma correlação entre um comportamento específico aleatório e ser um gênio. Mas até que faz sentido, já que a maioria dos gênios têm hábitos muito aleatórios. Nikola Tesla, por exemplo, tinha uma coisa estranha com pombos. Charles Dickens, por algum motivo, só dorme virado para o norte. 
A seguir, apresentaremos uma lista de comportamentos improváveis que se correlacionam com alta inteligência, para que possa silenciar os inimigos e justificar suas excentricidades como subprodutos de grandeza. 
1. Você xinga muito - Um estudo publicado no jornal “Ciências da Linguagem” descobriu que pessoas que xingam muito, “têm um maior vocabulário” do que aqueles que não o fazem, além de ser “mais articulado.” Não é fo** demais?! 
2. Você vive na bagunça - Pesquisadores da Universidade de Minnesota, dividiram uma turma em dois grupos e pediram para os alunos pensarem em ideias novas de utilidade para bolinhas de pingue-pongue. Um grupo estava em um ambiente limpo e outro em um bagunçado. Ambos vieram com o mesmo número de idéias, mas as idéias do segundo grupo eram “mais interessantes e criativas”. Eles sugeriram que a confusão inspirou esses alunos. 
3. O som de pessoas mastigando irrita você - Misofonia é o nome dado à alta sensibilidade que 20% das pessoas sentem quando são expostas a alguns barulhos, como o da mastigação. De acordo com pesquisadores da Northwestern University, isso acontece em pessoas que pensam com mais criatividade.

4. Você costuma falar sozinho - Se você é do tipo que conversa com você mesmo, comemore. Essa prática, apesar de bizarra para quem vê de fora, é tão benéfica que é capaz de fazer com que seu cérebro trabalhe melhor e tenha mais facilidade ao aprender novos conteúdos. 
5. Você é chegado em um trago - Não significa que você bebe descontroladamente – moderação é fundamental, hein! Uma pesquisa divulgada pelo Psychology Today revelou que crianças inteligentes tendem a se tornar adultos que gostam de consumir bebidas alcoólicas – ao que tudo indica, isso tem relação com questões evolutivas. Saúde! 
6. Você se distrai facilmente com o celular - Ainda que o uso de celular tenha suas controvérsias, existe um estudo que relaciona a distração provocada por esse tipo de tecnologia com altos níveis de inteligência. Logicamente, estamos falando de uso benéfico da tecnologia, que ajuda pessoas muito inteligentes a realizarem várias tarefas ao mesmo tempo. 
7. Você não costuma dormir cedo - A Universidade de Madri realizou uma pesquisa com mil adolescentes e descobriu que aqueles que preferem ir dormir mais tarde são melhores no que diz respeito ao raciocínio indutivo. Adivinha só? Isso está diretamente ligado a altos níveis de inteligência. 
8. Seus cadernos e suas agendas são cheios de rabiscos - Você não precisa ser engajado nas artes plásticas para rabiscar alguns desenhos de vez em quando. Se por acaso você tem esse costume, comemore: um estudo conseguiu comprovar que rabiscar coisas é algo que faz com que as pessoas fiquem focadas por mais tempo e consigam reter melhor as informações que consomem. 

Veja mais em: http://www.equilibrioemvida.com/2016/01/8-habitos-bizarros-que-indicam-que-voce-e-um-genio-segundo-a-ciencia/#ixzz3yXzBJ3Bp

13/02/2016

O jeitinho brasileiro precisa acabar e logo!

Acabei de ler um texto de Mark Manson e fiquei intrigado com o ponto de vista do gringo que se diz apaixonado pelo Brasil. Ele fala sobre nós, os brasileiros. 
Primeiro eu ouvi o texto pelo Face de Bel Pesce, a moça leu a carta em 13 minutos num vídeo postado por ela. Fui até o site do autor e constatei que ele resumiu claramente o motivo dos vais-e-vens pelas crises. Parece que estamos num roda moinho sem fim.
Segundo ele o problema está em nós, em nossa cultura, no jeitinho brasileiro e na vaidade que tanto prezamos. Por ele, a situação está sem perspectivas de mudanças, mesmo com Dilma e PT fora.
Temos que parar pra pensar, reavaliar tudo para que um dia, não sei quando a coisa possa melhorar. Se puder dê uma atençãozinha e leia sem pudores. 
 UMA CARTA ABERTA AO BRASIL
Querido Brasil.

O Carnaval acabou. O “ano novo” finalmente vai começar e eu estou te deixando para voltar para o meu país. Assim como vários outros gringos, eu também vim para cá pela primeira vez em busca de festas, lindas praias e garotas. O que eu não poderia imaginar é que eu passaria a maior parte dos 4 últimos anos dentro das suas fronteiras. Aprenderia muito sobre a sua cultura, sua língua, seus costumes e que, no final deste ano, eu me casaria com uma de suas garotas.Não é segredo para ninguém que você está passando por alguns problemas. Existe uma crise política, econômica, problemas constantes em relação à segurança, uma enorme desigualdade social e agora, com uma possível epidemia do Zika vírus, uma crise ainda maior na saúde.
Durante esse tempo em que estive aqui, eu conheci muitos brasileiros que me perguntavam: “Por que? Por que o Brasil é tão ferrado? Por que os países na Europa e América do Norte são prósperos e seguros enquanto o Brasil continua nesses altos e baixos entre crises década sim, década não?”
No passado, eu tinha muitas teorias sobre o sistema de governo, sobre o colonialismo, políticas econômicas, etc. Mas recentemente eu cheguei a uma conclusão. Muita gente provavelmente vai achar essa minha conclusão meio ofensiva, mas depois de trocar várias ideias com alguns dos meus amigos, eles me encorajaram a dividir o que eu acho com todos os outros brasileiros.
Então aí vai: é você.
Você é o problema.
Sim, você mesmo que está lendo esse texto. Você é parte do problema. Eu tenho certeza de não é proposital, mas você não só é parte, como está perpetuando o problema todos os dias.
Não é só culpa da Dilma ou do PT. Não é só culpa dos bancos, da iniciativa privada, do escândalo da Petrobras, do aumento do dólar ou da desvalorização do Real.
O problema é a cultura. São as crenças e a mentalidade que fazem parte da fundação do país e são responsáveis pela forma com que os brasileiros escolhem viver as suas vidas e construir uma sociedade.
O problema é tudo aquilo que você e todo mundo a sua volta decidiu aceitar como parte de “ser brasileiro” mesmo que isso não esteja certo.
Quer um exemplo?
Imagine que você está de carona no carro de um amigo tarde da noite. Vocês passam por uma rua escura e totalmente vazia. O papo está bom e ele não está prestando muita atenção quando, de repente, ele arranca o retrovisor de um carro super caro. Antes que alguém veja, ele acelera e vai embora.
No dia seguinte, você ouve um colega de trabalho que você mal conhece dizendo que deixou o carro estacionado na rua na noite anterior e ele amanheceu sem o retrovisor. Pela descrição, você descobre que é o mesmo carro que seu brother bateu “sem querer”. O que você faz?
A) Fica quieto e finge que não sabe de nada para proteger seu amigo? Ou
B) Diz para o cara que sente muito e força o seu amigo a assumir a responsabilidade pelo erro?
Eu acredito que a maioria dos brasileiros escolheria a alternativa A. Eu também acredito que a maioria dos gringos escolheria a alternativa B.
Nos países mais desenvolvidos o senso de justiça e responsabilidade é mais importante do que qualquer indivíduo. Há uma consciência social onde o todo é mais importante do que o bem-estar de um só. E por ser um dos principais pilares de uma sociedade que funciona, ignorar isso é uma forma de egoísmo.
Eu percebo que vocês brasileiros são solidários, se sacrificam e fazem de tudo por suas famílias e amigos mais próximos e, por isso, não se consideram egoístas.
Mas, infelizmente, eu também acredito que grande parte dos brasileiros seja extremamente egoísta, já que priorizar a família e os amigos mais próximos em detrimento de outros membros da sociedade é uma forma de egoísmo.
Sabe todos aqueles políticos, empresários, policiais e sindicalistas corruptos? Você já parou para pensar por que eles são corruptos? Eu garanto que quase todos eles justificam suas mentiras e falcatruas dizendo: “Eu faço isso pela minha família”. Eles querem dar uma vida melhor para seus parentes, querem que seus filhos estudem em escolas melhores e querem viver com mais segurança.
É curioso ver que quando um brasileiro prejudica outro cidadão para beneficiar sua famílias, ele se acha altruísta. Ele não percebe que altruísmo é abrir mão dos próprios interesses para beneficiar um estranho se for para o bem da sociedade como um todo.
Além disso, seu povo também é muito vaidoso, Brasil. Eu fiquei surpreso quando descobri que dizer que alguém é vaidoso por aqui não é considerado um insulto como é nos Estados Unidos. Esta é uma outra característica particular da sua cultura.
Algumas semanas atrás, eu e minha noiva viajamos para um famoso vilarejo no nordeste. Chegando lá, as praias não eram bonitas como imaginávamos e ainda estavam sujas. Um dos pontos turísticos mais famosos era uma pedra que de perto não tinha nada demais. Foi decepcionante.
Quando contamos para as pessoas sobre a nossa percepção, algumas delas imediatamente disseram: “Ah, pelo menos você pode ver e tirar algumas fotos nos pontos turísticos, né?”
Parece uma frase inocente, mas ela ilustra bem essa questão da vaidade: as pessoas por aqui estão muito mais preocupadas com as aparências do que com quem eles realmente são.
É claro que aqui não é o único lugar no mundo onde isso acontece, mas é muito mais comum do que em qualquer outro país onde eu já estive.
Isso explica porque os brasileiros ricos não se importam em pagar três vezes mais por uma roupa de grife ou uma jóia do que deveriam, ou contratam empregadas e babás para fazerem um trabalho que poderia ser feito por eles. É uma forma de se sentirem especiais e parecerem mais ricos. Também é por isso que brasileiros pagam tudo parcelado. Porque eles querem sentir e mostrar que eles podem ter aquela super TV mesmo quando, na realidade, eles não tenham dinheiro para pagar. No fim das contas, esse é o motivo pelo qual um brasileiro que nasceu pobre e sem oportunidades está disposto a matar por causa de uma motocicleta ou sequestrar alguém por algumas centenas de Reais. Eles também querem parecer bem sucedidos, mesmo que não contribuam com a sociedade para merecer isso.
Muitos gringos acham os brasileiros preguiçosos. Eu não concordo. Pelo contrário, os brasileiros tem mais energia do que muita gente em outros lugares do mundo (vide: Carnaval).
O problema é que muitos focam grande parte da sua energia em vaidade em vez de produtividade. A sensação que se tem é que é mais importante parecer popular ou glamouroso do que fazer algo relevante que traga isso como consequência. É mais importante parecer bem sucedido do que ser bem sucedido de fato.
Vaidade não traz felicidade. Vaidade é uma versão “photoshopada” da felicidade. Parece legal vista de fora, mas não é real e definitivamente não dura muito.
Se você precisa pagar por algo muito mais caro do que deveria custar para se sentir especial, então você não é especial. Se você precisa da aprovação de outras pessoas para se sentir importante, então você não é importante. Se você precisa mentir, puxar o tapete ou trair alguém para se sentir bem sucedido, então você não é bem sucedido. Pode acreditar, os atalhos não funcionam aqui.
E sabe o que é pior? Essa vaidade faz com que seu povo evite bater de frente com os outros. Todo mundo quer ser legal com todo mundo e acaba ou ferrando o outro pelas costas, ou indiretamente só para não gerar confronto.
Por aqui, se alguém está 1h atrasado, todo mundo fica esperando essa pessoa chegar para sair. Se alguém decide ir embora e não esperar, é visto como cuzão. Se alguém na família é irresponsável e fica cheio de dívidas, é meio que esperado que outros membros da família com mais dinheiro ajudem a pessoa a se recuperar. Se alguém num grupo de amigos não quer fazer uma coisa específica, é esperado que todo mundo mude os planos para não deixar esse amigo chateado. Se em uma viagem em grupo alguém decide fazer algo sozinho, este é considerado egoísta.
É sempre mais fácil não confrontar e ser boa praça. Só que onde não existe confronto, não existe progresso.
Como um gringo que geralmente não liga a mínima sobre o que as pessoas pensam de mim, eu acho muito difícil não enxergar tudo isso como uma forma de desrespeito e auto-sabotagem. Em diversas circunstâncias eu acabo assistindo os brasileiros recompensarem as “vítimas” e punirem àqueles que são independentes e bem resolvidos.
Por um lado, quando você recompensa uma pessoa que falhou ou está fazendo algo errado, você está dando a ela um incentivo para nunca precisar melhorar. Na verdade, você faz com que ela fique sempre contando com a boa vontade de alguém em vez de ensina-la a ser responsável.
Por outro lado, quando você pune alguém por ser bem resolvido, você desencoraja pessoas talentosas que poderiam criar o progresso e a inovação que esse país tanto precisa. Você impede que o país saia dessa merda que está e cria ainda mais espaço para líderes medíocres e manipuladores se prolongarem no poder.
E assim, você cria uma sociedade que acredita que o único jeito de se dar bem é traindo, mentindo, sendo corrupto, ou nos piores casos, tirando a vida do outro.
As vezes, a melhor coisa que você pode fazer por um amigo que está sempre atrasado é ir embora sem ele. Isso vai fazer com que ele aprenda a gerenciar o próprio tempo e respeitar o tempo dos outros.
Outras vezes, a melhor coisa que você pode fazer com alguém que gastou mais do que devia e se enfiou em dívidas é deixar que ele fique desesperado por um tempo. Esse é o único jeito que fará com que ele aprenda a ser mais responsável com dinheiro no futuro.
Eu não quero parecer o gringo que sabe tudo, até porque eu não sei. E deus bem sabe o quanto o meu país também está na merda (eu já escrevi aqui sobre o que eu acho dos EUA).
Só que em breve, Brasil, você será parte da minha vida para sempre. Você será parte da minha família. Você será meu amigo. Você será metade do meu filho quando eu tiver um.
E é por isso que eu sinto que preciso dividir isso com você de forma aberta, honesta, com o amor que só um amigo pode falar francamente com outro, mesmo quando sabemos que o que temos a dizer vai doer.
E também porque eu tenho uma má notícia: não vai melhorar tão cedo.
Talvez você já saiba disso, mas se não sabe, eu vou ser aquele que vai te dizer: as coisas não vão melhorar nessa década.
O seu governo não vai conseguir pagar todas as dívidas que ele fez a não ser que mude toda a sua constituição. Os grandes negócios do país pegaram dinheiro demais emprestado quando o dólar estava baixo, lá em 2008-2010 e agora não vão conseguir pagar já que as dívidas dobraram de tamanho. Muitos vão falir por causa disso nos próximos anos e isso vai piorar a crise.
O preço das commodities estão extremamente baixos e não apresentam nenhum sinal de aumento num futuro próximo, isso significa menos dinheiro entrando no país. Sua população não é do tipo que poupa e sim, que se endivida. As taxas de desemprego estão aumentando, assim como os impostos que estrangulam a produtividade da classe trabalhadora.
Você está ferrado. Você pode tirar a Dilma de lá, ou todo o PT. Pode (e deveria) refazer a constituição, mas não vai adiantar. Os erros já foram cometidos anos atrás e agora você vai ter que viver com isso por um tempo.
Se prepare para, no mínimo, 5-10 anos de oportunidades perdidas. Se você é um jovem brasileiro, muito do que você cresceu esperando que fosse conquistar, não vai mais estar disponível. Se você é um adulto nos seus 30 ou 40, os melhores anos da economia já fazem parte do seu passado. Se você tem mais de 50, bem, você já viu esse filme antes, não viu?
É a mesma velha história, só muda a década. A democracia não resolveu o problema. Uma moeda forte não resolveu o problema. Tirar milhares de pessoa da pobreza não resolveu o problema. O problema persiste. E persiste porque ele está na mentalidade das pessoas.
O “jeitinho brasileiro” precisa morrer. Essa vaidade, essa mania de dizer que o Brasil sempre foi assim e não tem mais jeito também precisa morrer. E a única forma de acabar com tudo isso é se cada brasileiro decidir matar isso dentro de si mesmo.
Ao contrario de outras revoluções externas que fazem parte da sua história, essa revolução precisa ser interna. Ela precisa ser resultado de uma vontade que invade o seu coração e sua alma.
Você precisa escolher ver as coisas de um jeito novo. Você precisa definir novos padrões e expectativas para você e para os outros. Você precisa exigir que seu tempo seja respeitado. Você deve esperar das pessoas que te cercam que elas sejam responsabilizadas pelas suas ações. Você precisa priorizar uma sociedade forte e segura acima de todo e qualquer interesse pessoal ou da sua família e amigos. Você precisa deixar que cada um lide com os seus próprios problemas, assim como você não deve esperar que ninguém seja obrigado a lidar com os seus.
Essas são escolhas que precisam ser feitas diariamente. Até que essa revolução interna aconteça, eu temo que seu destino seja repetir os mesmos erros por muitas outras gerações que estão por vir.
Você tem uma alegria que é rara e especial, Brasil. Foi isso que me atraiu em você muitos anos atrás e que me faz sempre voltar. Eu só espero que um dia essa alegria tenha a sociedade que merece.
Seu amigo,
Mark

Traduzido por Fernanda Neute para o site markmanson.net

04/02/2016

Rancho RD

Inauguração do Racho RD - Ronaldo e Denise. Passeios à cavalo, bar, piscina e muita cerveja.
Tem alojamento e adestramento de cavalos também.  
Rua Arapongas, 289 - Bom Jesus dos Perdões, divisa com Atibaia.



30/01/2016

ENTRE RIOS

A URBANIZAÇÃO DE SÃO PAULO.
 
Piratininga é o antigo nome do Rio Tamanduatei. Na língua tupi, piratininga quer dizer: rio do peixe seco, sendo, pira = peixe e tininga = seco. Quando o volume das águas descia, logo após o período das chuvas, os peixes encalhavam às margens antes alagadas e morriam secos servindo de alimento para as formigas. Estas, por sua vez, atraiam os tamanduás. 
Todo ano é a mesma coisa: verão, tempestades, enchentes e com elas as tragédias urbanas, os desmoronamentos, alagamentos, engarrafamentos de trânsito e tudo mais. O caos se estabelece e os prejuízos de toda ordem são incalculáveis. A população cansada e sem saber o que fazer desce a lenha nos políticos, mas logo esquece e a vida continua. 
O documentário ENTRE RIOS - A Urbanização de São Paulo, filme apresentado pelo Senac em 2009 como resultado do trabalho de conclusão de curso de bacharelado em audiovisual que foi dirigido por Caio Silva Ferraz, resume a história da construção da cidade e os erros dos projetistas urbanos que alcançaram os nossos dias. Estes mesmos erros que talvez constem na formação dos grandes centros urbanos pelo país. 
O filme mostra que a origem do problema foi o enfoque dado pelos administradores da cidade quando a São Paulo provinciana indicava potencialidades para ser uma grande metrópole. Na época a referência de arquitetura urbanística para as belas-cidades eram as capitais européias e as grandes cidades americanas. A produção do café, ora em alta, foi a precursora na mudança.
A especulação imobiliária, inicialmente e erroneamente, ocupou as várzeas dos rios Tamanduatei e Anhangabaú e mais os afluentes, áreas que se encharcavam nos períodos de chuvas e vistas como terras desperdiçadas e ainda que dificultavam o crescimento. Alteraram percursos dos rios, restringiram suas margens e canalizaram os afluentes com o único propósito de venderem terrenos para a população mais pobre. Somada a esta visão imediatista estavam os engenheiros oportunistas, ávidos por soluções urbanísticas rápidas para uma cidade que insistia em não parar de crescer. 
O filme é curto, cerca de vinte e cinco minutos e nos remete a uma reflexão para as questões da vida nas grandes cidades e quais as soluções para os seus problemas. 
Assista e faça as suas considerações.





Rio Tamanduatei - ontem e hoje
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23/01/2016

Feliz Ano Novo!

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Degustando o sem ter o que fazer, pensei numa retrospectiva. Isso mesmo, um balanço de 2015 destacando os prós e os contras do que vivenciei no ano. Acho que desocupados fazem retrospetivas na tentativa de se reconciliarem com o Salvador, uma coisa meio que: desculpa aí, Meu, foi Mal!
Assim como as promessas de emagrecimento, de parar de fumar e outras coisas inalcançáveis, elas são feitas no finalzinho de dezembro e sempre embaladas pelo clima de ano novo que vai nascer. 
Mas eu faria a minha em janeiro, quase em fevereiro, bem pertinho do carnaval. Afinal a retrospectiva é minha e faria ela quando bem entendesse. Além do que, não existe prazo de validade para retrospectivas, pelo menos por enquanto e nem multas de dez por cento por atraso no vencimento. (espero que nenhum oportunista nos leia) 
Caçamba! Uma coisa idiota cravou minha cabeça como um raio: a separação da loira da banda Calipso do guitarrista conhecido por Chimbinha, acho que esse é o nome. Parece que ele chifrou ela ou o contrário disso, não sei ao certo, mas por meses ao longo de 2015 o assunto foi explorado pelos sites especializados em fofocas ou, pasmém, até pelos não. Se a notícia vende, então, a necessidade faz o hábito.
Quase que o drama do Calipso me provocou um colapso. Nunca na vida eu iria me lembrar do litígio paraense. Por nada no mundo, jurando de pés juntos e sem figas nos dedos, nem de longe sonharia com tal assunto. O pior é que eu me perguntei se eles se reconciliaram, se tudo terminou bem. Tipo, como num final feliz.  
Apaputaquipariu a retrospectiva. Decidi apagar este ano da memória para gritar: Viva Dilma! Viva Temer, Abaixo o Impeachment. Operação Lava-Jato e Petrolão? Tudo balela. E tem mais: vão todos tomar suco de cajú. 
Fico no aguardo de 2019 contando que ele me permita uma retrospectiva sem grandes mazelas.
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17/01/2016

A Prosa dos Diferentes

LIBERDADE E IGUALDADE SÃO COISAS RELATIVAS
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Num mês de agosto qualquer, num final de tarde específico.
A prosa interrompeu o silêncio que há muito irritava o interlocutor. O vizinho se surpreendeu com o chamado e uma simples pergunta foi o suficiente para alterar a percepção de ambos sobre si mesmos.
__ Eu tenho interruptor e tomada na parede de casa. Você tem na sua? 
Um minuto e meio depois o vizinho respondeu.  
__ Não, eu não tenho interruptor e nem tomada na minha casa e sinceramente, nem sei do que você está falando, pois não me preocupo com certas coisas. Tenho algo mais interessante aqui, uma janela. Uma janela grande, larga e vistosa que possibilita eu assistir a rua na sua plenitude e através dela fico sabendo de tudo que acontece no mundo e a qualquer hora do dia ou da noite ela está disponível para mim. Considero um privilégio ter uma grande janela em casa. Você não acha?

__ Puxa, que legal! Sem dúvida é um privilégio ter uma janela em casa. Mas eu tenho uma também, na verdade, contemplo duas janelas ao mesmo tempo, uma é esta pela qual estamos nos falando e a outra, mais ao fundo, tem uma luz bastante intensa. Nesta eu observo você diariamente olhando por ela para algum lugar. Não sabia que você assistia a rua, aliás, nem imaginava que existia uma rua.

__ Meu caro interlocutor, também tenho uma segunda janela, basta eu girar o pescoço para vê-la e não faço nenhum esforço para tanto, pois ela está imediatamente às minhas costas. É uma janela pequena, sem graça, com uma grade de ferro que merece cuidados e é por ela que vejo você preso. Eu, como um ser livre lamento pela clausura que lhe foi imposta, deve ser muito triste ser um prisioneiro. Por favor, se precisar de alguma coisa, não hesite, afinal, amigos são para essas coisas.

__ Caramba, obrigado pela solidariedade, mas… eu sempre achei que você é quem estava trancafiado. Pela minha janela era você quem estava atrás da grade e não eu. Sempre de costas para mim, hipnotizado pela luz intensa. Calado, pensativo, triste, distante. Imaginava a dor da solidão que sentia.

A prosa pareceu encerrar-se. Permaneceram quietos por duas horas e quarenta e três minutos até ela ser retomada.

__ Amigo, você despertou uma dúvida em mim. Estava aqui pensando e considerando a possibilidade de ambos estarmos enjaulados, nenhum de nós parece estar livre. Embora em lados diferentes, você com um interruptor e tomada e eu com uma grande janela que dá para a rua, acho bem provável estarmos na mesma situação, isto é, ambos, absolutamente presos.

Após uma pequena pausa ele virou-se para o amigo e perguntou:

__ E como você foi parar aí. 

__ Eu não sei, eu não tenho a menor ideia, eu acreditava que aqui era tudo que existia no mundo ou quase tudo, considerando o seu lado. Nada mais tenho na memória, nada além das paredes encardidas, do interruptor, da tomada que também não tenho a menor ideia para que servem. Acho que perguntei somente para quebrar o gelo, puxar assunto com você, passar o tempo que insiste em ser lento. 

Franziu a testa e devolveu ao vizinho duas outras perguntas: 

__ Mas me diga uma coisa, fiquei intrigado com essa história de rua. O que é rua, o que acontece nela de tão interessante pra você ficar olhando pra ela? 
__ Meu amigo, já que você não dispõe de uma grande janela pode ser justo eu descrever o que vejo pela minha e quem sabe assim eu sacie sua curiosidade, mesmo entendendo agora que isso pode lhe trazer novas angústias.

Encheu os pulmões com uma boa quantidade de ar e iniciou. 

__ A rua é uma coisa diferente. Ela é um caminho de terra fofa e relativamente longa. É sinuosa e ao mesmo tempo reta. A rua tem adornos nas laterais, calçadas por onde caminham as pessoas, gatos e cachorros. As calçadas são de pedras brancas com algumas de cores opacas e estas misturam-se às primeiras formando mosaicos desconexos, mas que se harmonizam para os que os veem de longe. Tem também postes, estes são troncos de árvores lapidados que sustentam fios esticados pelo alto quase encostando-se ao céu. Nos fios descansam os animaizinhos de bicos e penas após os endiabrados malabarismos aéreos que fazem. Sim, eles voam. 

Fez uma pausa quando compreendeu que deveria explicar melhor o que era céu. 

__ O céu, meu caro amigo, é aquilo que fica acima de tudo, nada está acima dele. O céu é o limite, uma espécie de um grande forro. Ele é de um azul que vai do mais claro, quando a luz quente do sol está presente, até um bastante denso, quando ela se vai. 

E continuou.

__ Espalhadas pelo céu estão as nuvens. As nuvens são mágicas, pois surgem e somem sem que ninguém perceba como fazem isso. Imagine fumacinhas brancas, disformes se movimentando sem parar, como algodões-doces animados que brincam de se transformarem por puro prazer, o tempo todo. Assim são as nuvens. 
No entanto, amigo, quando elas se acumulam o céu fica feio, muito feio. Ouvem-se trovoadas e veem-se relâmpagos por todo canto. Os trovões são barulhentos e têm a única serventia de nos assustar, nos alertar para possíveis tempestades, nada mais. Porém, os relâmpagos são perigosos, esses são traiçoeiros e explosivos. Desenham serpentes nervosas e aterrorizantes no céu e fazem parecer que ele está trincando. Concluí depois de muito tempo que o céu era vidro. 

Fez uma pausa, olhou distante e seguiu com a narrativa. 

__ Além dos trovões e relâmpagos, as nuvens acumuladas assopram ventos fortes que levam tudo pelos ares. Acredite, coisas pesadas saem do chão. Os ventos assobiam músicas de filme de terror e com eles chegam as chuvas. Chuva é uma sequência enorme de gotas de água gelada que caem lá de cima ininterruptamente e acertam a gente com mira a laser. Elas têm pequenas lâminas afiadas que cortam a pele. Não sai sangue, mas o impacto delas em nosso corpo faz doer e muito. Sei disso porque já me aconteceu de algumas gotas respingarem no rosto enquanto eu as assistia pela janela. 
Com tanta água que cai do céu a poeira da rua se transforma em lamaçal e fazem com que as pessoas corram pelas calçadas. Na rua trafegam as carruagens e as bicicletas e estas transportam outras pessoas. 

Mais uma pausa.

__ Bonito mesmo é ver a luz quente se pôr no horizonte, apagando-se lentamente para deixar entrar o azul mais denso, quando, então, chega a bola branca iluminando a noite. Às vezes inteira, maior ou menor e outras, em gomos da esquerda ou da direita. E complementando a formosura do céu noturno despontam milhares de pontinhos de luz feitos brilhantes da Antuérpia, cravejando o firmamento como uma obra de um artista desvairado. O céu que é de vidro se transforma em universo e se revela na imensidão.
Pausa para uma respirada curta. 
__ Penso que existam outras ruas pois noto ao longe uma saidinha à direita que bem poderia ser uma nova rua e esta, possivelmente deva também ter calçadas para as pessoas, gatos e cachorros trafegarem e quem sabe levando ainda para uma outra rua que por sua vez encontraria outras tantas pela frente, todas com calçadas, pessoas, gatos e cachorros. Pelo visto, o mundo é feito de ruas, meu caro amigo interlocutor. 
Este ouviu tudo calado e perplexo e perguntas transbordavam da caixola, ininterruptas como a água da chuva. Uma delas, a que mais o incomodou:

__ E pessoas, o que são pessoas? Se parecem com a gente?

__ Não, amigo, não se parecem com a gente, pelo menos comigo. Elas são esquisitas, andam sobre duas patas, pois as duas da frente não alcançam o chão, elas ficam na parte superior dos seus corpos. Nas pontas dessas patas não vejo cascos e sim formas agudas. As pessoas são cabisbaixas, mostram os dentes umas às outras de vez em quando e geralmente não se olham de frente, preferem-se pelas costas. Na verdade amigo, espero que não se zangue com minha observação, elas se parecem muito com você.

Pausa.

__ Por que este olhar arrogante agora, meu amigo?


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02/01/2016

Sobre a Felicidade

F = R-Ex  Felicidade é igual realidade menos a expectativa.
Ninguém pode ser feliz numa sociedade injusta.
 
Para a primeira postagem do ano queria falar sobre a Felicidade. Na verdade eu pensava mesmo no sentido do Eterno. Sabe como é né... depois de tantos Boas Festas! e Felizes Anos Novos! não teve jeito, a cabeça do nerd decadente ficou ainda mais doente.
Da ponta dos dedos não saia nada, não conseguia organizar uma frasezinha sequer, as ideias se amontoavam, vinham confusas, ansiosas. Concluí que era difícil pensar na Felicidade e falar sobre ela. 
Para o Eterno uma palavrinha se aproximou: Amor (ouvi isso um dia), mas para Felicidade nenhuma me deixou seguro. 
Encontrei no You Tube um vídeo bacana produzido pela Saraiva Conteúdo, onde, de forma simples, dois filósofos e também professores e escritores, Márcia Tiburi e Mário Sérgio Cortella acertaram o alvo com facilidade. 
Compartilho com vocês o que ouvi dos pensadores, acho que é o que eu gostaria que tivesse saído da minha cachola. 
Assista e Bom Ano Novo pra você também!



30/12/2015

Hábitos dos Infelizes

7 Hábitos de pessoas cronicamente infelizes. Você é uma delas? 
Há pessoas cronicamente infelizes? Elas já não buscam mais a felicidade? 
Do original: 7 Habits of Chronically Unhappy People - Traduzido e adaptado por Vida em Equilíbrio - Via Conti Outra  
Facebook - Climatologia Geográfica
Buscamos a felicidade desde o início de nossa existência, porém estamos cada vez mais desanimados em continuar a procurá-la. Há quem diga até, que ela não exista.
Pode ser que a felicidade se resuma em bons momentos, pode ser que ela seja tão simples que não conseguimos vê-la. De repente, ela está conosco o tempo inteiro, no presente, mas não conseguimos identificá-la, porque estamos pensando no passado ou excessivamente no futuro. 
Existem pesquisas que mostram que muito da dita “felicidade”, depende somente de nós, mas creio que com ou sem pesquisas, esse deve ser o caminho. Entretanto, muitas pessoas, após tanto tempo de tristeza, acabam adquirindo hábitos ruins, logo dificultam cada vez mais a saída da caverna escura, que é a tristeza constante. 
Sem mais delongas, vamos as características de pessoas cronicamente infelizes. 
1- A vida é dura 
Todos nós sabemos que a vida é, de fato, dura em muitos momentos, mas as pessoas cronicamente infelizes, não levam com uma perspectiva de enfrentamento, mas de vitimização, se veem como vítimas da vida e ficam presas no “olha o que aconteceu comigo”, em vez de encontrar um caminho para se livrar do problema. 
2- Ninguém é confiável 
Acreditar no lado bom das pessoas é saudável, te torna mais sociável, mais disposto a conhecer novas pessoas e ter novas experiências, porém pessoas tristes, tendem a não confiar em ninguém, muitas vezes devido à alguma traição. Infelizmente, esse tipo comportamento passa a fechar portas para qualquer conexão fora de um círculo interior, frustrando todas as chances de encontrar novos amigos. 
3- Concentram-se somente no que está errado neste mundo 
Certamente se pararmos para pensar na podridão que existe no mundo, felicidade não será o que vamos sentir em seguida, mas devemos encontrar formas de viver bem nossa vida, mesmo que isso signifique evitar pensar em tudo que há de ruim as vezes.
Bukowski era um infeliz crônico? 
“Há bastante deslealdade, ódio, violência, absurdo no ser humano comum para suprir qualquer exército em qualquer dia. E o melhor no assassinato são aqueles que pregam contra ele. E o melhor no ódio são aqueles que pregam amor, e o melhor na guerra, são aqueles que pregam a paz. Aqueles que pregam Deus precisam de Deus, aqueles que pregam paz não têm paz, aqueles que pregam amor não têm amor. Cuidado com os pregadores, cuidado com os sabedores. Cuidado com aqueles que estão sempre lendo livros. Cuidado com aqueles que detestam pobreza ou que são orgulhosos dela. Cuidado com aqueles que elogiam fácil, porque eles precisam de elogios de volta. Cuidado com aqueles que censuram fácil, eles têm medo daquilo que não conhecem. Cuidado com aqueles que procuram constantes multidões, eles não são nada sozinhos. Cuidado com o homem comum, com a mulher comum, cuidado com o amor deles. O amor deles é comum, procura o comum, mas há genialidade em seu ódio, há bastante genialidade em seu ódio para matar você, para matar qualquer um. Sem esperar solidão, sem entender solidão eles tentarão destruir qualquer coisa que seja diferente deles mesmos.” – Charles Bukowski
 
4-  Comparam-se aos outros e são invejosas 
As pessoas infelizes acabando acreditando que a sorte de outro alguém rouba a sua própria sorte, acreditam muitas vezes que não há sorte o suficiente para todos. É evidente que isso não é regra para todas pessoas tristes, muitas procuram o isolamento devido à insegurança. 
5- Querem controlar tudo 
Na insistência de controlar tudo, quando as coisas fogem do alcance dessas pessoas, acontece uma tragédia em suas vidas. O acaso é o inferno.A chave aqui é estar  focado e orientado para o gol, mesmo sabendo que o jogo pode ter que mudar. 
“Mas a vida sendo o que é. Ela é série de encontros e cruzamentos fora do controle de todos.”– The Curious Case of Benjamin Button 
6- O futuro = medo 
Pessoas infelizes tendem a imaginar que tudo dará errado, que seus planos nunca vão acontecer.As pessoas felizes assumem uma saudável dose de ilusão e se permitem sonhar com o que elas gostariam de ter na vida. As pessoas infelizes preenchem esse espaço da cabeça com constante preocupação e medo. 
7-  Enchem suas conversas com fofocas e reclamações 
Certamente não dá para levar como regra, porém muitas pessoas infelizes, tendem a gostar de conversar sobre outras pessoas, pois quando a infelicidade vem da inveja, da comparação, elas sentem um alívio ao falar mal. No entanto, há algumas pessoas tristes extremamente isoladas, essas optam sempre pelo silêncio, afinal já não confiam em ninguém. 
“Manter a boca fechada é difícil, mas eficaz. Quando alguém mantém a boca fechada por um longo tempo cria em torno de si uma atmosfera de mistério e inclusive de temor. Se alguma vez pronuncia umas poucas palavras (quanto mais absurdas, melhor), estas serão levadas a sério. O silencio é confundido muitas vezes com inteligência (um sábio que fala demais está perdido).” – Efraim Medina Reyes



29/12/2015

CAVALHADA - Atibaia em Festa

Manhã movimentada na cidade, todo mundo na rua.
Tropeiros atravessam a Praça da Igreja do Rosário para receberem a benção de Nossa Senhora do Rosário
Sábado, 26 aconteceu a 263ª Cavalhada em louvor a Nossa Senhora do Rosário. O evento ocorre sempre na mesma data, um dia após o Natal e consta do calendário oficial de festas da cidade, mesmo não sendo iniciativa da Prefeitura Municipal, ela oferece apoio na realização como fechamentos de ruas, gradil de proteção para público, policiamento, segurança, etc. 
A Cavalhada nada mais é que um passeio à moda antiga pelas ruas da cidade onde os cavaleiros exibem seus animais ornamentados, montados neles ou em charretes decoradas até alcançarem a água benta lançada pelos ramos dos dois padres em frente a Igreja do Rosário. 
O início se deu por volta das 10h no Bairro da Ressaca que fica à margem esquerda da Rodovia D. Pedro I sentido Jacareí. De lá seguiu um percurso de quase dez quilômetros em três horas de caminhadas.  
As pessoas assistiram ao desfile curiosas, lotando as ruas, principalmente na região central da cidade. Moradores e turistas se aglomeravam acompanhando a apresentação. 
Foi uma manhã de festa em Atibaia.
Assista.