11/09/2014

Coisas do Firmamento



Caro amigo. Repare num pontinho luminoso bem no canto direito da imagem acima. Atente-se a este ponto. Capriche no olhar, limpe bem os óculos e dedique sua melhor percepção, pois o que encontrará pagará o tempo dedicado.
Note agora uma manchinha um pouco mais acima deste ponto luminoso. Concentre-se nela agora e perceba.

Achou?

Parabéns!

Essa é a Via Láctea, a nossa galáxia. Coisa linda, não acha? Reparou nas variações das formas, nas nuanças das cores, no desenho único que ela tem? Parece que foi feita de néon, não acha? Incrível.
Me apaixonei por ela desde a primeira vez que a vi nas tais fotografias onde apareces inteira. Caetaneei o que há de bom e agora, Djavaneei, em homenagem à Via Láctea.

Nela, com um pouco mais de atenção e entre centenas de bilhões e mais bilhões de Constelações, esses aglomerados cósmicos compostos por um sem número de planetas e tantos outros astros, cujas distâncias entre si ficam na ordem de milhões de anos-luz, está o Sol, nossa estrela de quinta grandeza.

E com ela estão alinhados e irremediavelmente presos por um descomunal magnetismo, encontramos nove planetas de tamanhos distintos, alguns ainda carregando pequenas bolas brancas na sua órbita, fazendo delas exclusivos satélites naturais.  Puro luxo sideral.

Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Saturno, Júpiter, Urano, Netuno e Plutão.

O nosso planeta é o terceiro mais próximo do Sol. A Terra é de um azulado sem igual e tem manchas brancas que variam na direção e no desenho, assim como são os desenhos das dunas diante das constantes tempestades no deserto.

Sem dúvida, para um visitante distante, este pequeno planeta seria a mais charmosa das paragens cósmicas.

Nessa encantadora Shangri-lá, como escondida estivesse entre as montanhas geladas do Nepal, num inóspito horizonte perdido, estamos nós. Nós.

Nós acompanhados de nós mesmos e dos nossos enormes problemas.  Nem preciso descreve-los, pois nós sabemos do que falamos.

Nós, nós e nós.

Eu neste momento me encontro com um problema gravíssimo: percebi há pouco um ser me espreitando por de trás das cortinas da sala. A inteligência suprema de terráqueo me fez identificar a  tal forma muito rapidamente. Me arrepiei com ela e me perguntei indignado como, num universo tão gigante, uma filha da puta de uma barata nojenta pôde invadir a minha casa sem a minha permissão? Só pode ser coisa da besta, do fionfó, do gosmento.

Cadê o Aerosol? Foda-se a camada de ozônio.


10/09/2014

Cérebro Laico

Imagem Google

No rítmo que segue a campanha eleitoral para a Presidência da República, acho que Dona Dilma já dançou e dançou um quadradinho de quatro. Ela e sua trupe. 

Por mim já vão tarde, pois pelo que fizeram, nem deveriam ter vindo. Seu modelo de governo foi mais um que se seguiu comum aos demais.

O duro será encarar a tal de Marina Silva como Presidente ou Presidenta. Aliás, fica a pergunta: dente ou denta?

Ela está com tudo e não está prosa. (Será que não?) 

A turma avessa está metendo o pau nela e isso significa que sentem que já dançaram.

Vai ser outro jogo duro encarar quatro anos de blás. Mais duro ainda quando ela tentar se reeleger depois desses quatro anos. Isso faz parte da regra.

Sem entender muito de política eu sempre achei que o Aécio Neves não tinha jeito para Presidente da República, que ele não cairia no gosto popular. 
Talvez concorrendo para a presidência de alguma Escola de Samba em Belo Horizonte ou até em São Paulo tucano, talvez. Mas para Presidente do Brasil, acho que não. Agora não, pelo menos.

Aliás, acho também que ele se parece mais com um pastor de igreja evangélica do que o próprio candidato de Deus, o Everaldo, portanto, um belo enganador. Ambos são, ao meu ver.

Divertido é ouvir as reclamações da comunista Luciana Genro, as ironias do Levy Fidelix e as boas intenções de Eduardo Jorge, aquele que carrega sempre o semblante da simplicidade, aquele que tem o olharzinho de consumidor do canabis. Nada contra.

Esses candidatos são uma espécie de lado lúdico da campanha. Sempre tem o grupo folclórico. Chamá-los de nanicos é pejorativo demais.

Fico perplexo com  democracia que criamos. 

Sinto que o país está na nas mãos da ditadura ainda. Ela não tem forma humana e nem é representada por uma única pessoa, um ídolo colossal como Chávez na Venezuela. Nossa democracia é um Estado, um Monolito, um Subjetivo.

Esse Estado é pesado demais e nos vigia até quando dormimos. Ele nos ilude com opções frágeis provocando a ilusão do livre arbítrio. 
Nos separou por classes sociais, por cor de pele, por sexo, por crenças, por partidos políticos, times de futebol, e por ai vai.

Somos um mentiroso Estado laico.

A instituição foi montada sob dogmas fascistas, um fascismo com ares democráticos. 
Um Estado que para se dar bem o sujeito tem que entrar no rítmo dele, numa espécie de dá ou desce.

E nós damos direto pois já somos 200 milhões. Faccionados, mas já um contigente assombroso.

E viva a nossa democracia laica.


02/09/2014

Fé doente, mente pra gente.

Fé não se discute, se a tem ou não. 

Religião não se discute. Time do coração não se discute. Opção sexual não se discute. Dilma ou Marina não se discute. Política não se discute. FHC ou Lula não se discute. Se tem ou não tem papel higiênico não se discute. 
Nada se discute na pequena Veneza de Colombo... ops... de Chávez.


FOLHA DE S.PAULO
TERÇA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2014 - 22:08

Militância lança 'Pai Nosso' em homenagem a Chávez na Venezuela
DA EFE
02/09/2014 16h57
"Chávez nosso que estas no céu, na terra, no mar e em nós, os delegados.Santificado seja teu nome. Venha a nós teu legado para levá-lo aos povos daqui e de lá.Dai-nos hoje tua luz para que nos guie a cada dia e não nos deixes cair na tentação do capitalismo, mas livrai-nos da maldade da oligarquia, do crime do contrabando.Porque nossa é a pátria, pelos séculos e séculos. Amém. Viva Chávez" 
Participantes de uma oficina do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro, lançaram nesta segunda (1º) uma versão chavista do "Pai Nosso", em homenagem ao ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013).
A "Oração do delegado" foi lançada pelos participantes da "I Oficina de Projeto de Sistema de Formação de Partido Socialista", e começa com a frase "Chávez nosso que estás no céu".
A oficina começou na última quinta-feira (28) e terminou nesta segunda. O encontro foi finalizado com a leitura da oração, que contou com a participação de cantores e poetas que dedicaram suas peças ao ex-presidente e à chamada revolução bolivariana.
Acompanhado de boa parte de seu gabinete ministerial, governadores chavistas e outros funcionários, o presidente Nicolás Maduro fez um discurso no qual afirmou que a revolução se encontra em uma fase que "exige cada vez mais formações de valores".

"Quando nos perguntamos que valores devemos formar e quando nos perguntamos onde devemos formar esses valores, há apenas uma resposta: devemos nos formar nos valores de Chávez no combate diário na rua, criando, construindo revolução, fazendo revolução", disse Maduro.

31/08/2014

Morrer pra nascer de novo

BASICAMENTE O QUE SE ESPERA NO BRASIL SÃO MUDANÇAS. MAS MUDANÇAS DE VERDADE, HONESTAS, NÃO BLÁ-BLÁ-BLÁS E NEM NHEM-NHEM-NHENS.
Imagem - Google
Marina Silva, seria a mais nova esperança de renovação?
A sequência histórica a partir dos sessenta foi de doer, não só para quem esteve por eles, mas também para aqueles que chegaram depois deles.

Após a estada do último general, o que pediu para ser esquecido, nos mandaram um acadêmico para a presidência - José Sarney. Foi o que substituiu Tancredo o sujeito que saiu de súbito um dia antes da posse - uma verdadeira saída à mineira.

Sarney presidente foi o cara dos brasileiros e brasileiras, da inflação de mais de cem por cento ao mês, das greves, do plano cruzado, do Bresser Pereira e de tantas outras extra-terrestrices.

Daí veio a primeira eleição democrática para Presidência da República desde 1960. O Diretas-Já havia naufragado anos antes. 

Elegemos então um moderníssimo caçador de marajás, um super-homem, um cultuador do valentismo: Fernando Collor de Melo, uma espécie de Coxinha das Alagoas, um atleta de pai e de mãe, que sugeriu matar o tigre da inflação com um único tiro. Acertou no olho da grana no banco, reteve tudo. Se deu mal depois e nós também.  

Lembramos do ex metalúrgico que concorreu com esse super man no pleito democrático. Perdeu, pois na época não convenceu pelo discurso tosco e a Globo, sempre atenta,  logo o tirou fora do ar.

Daí desaguamos novamente num vice, Itamar Franco, exótico mineirinho arretato, um come-quieto legítimo. O sujeito foi logo ressuscitando o fusca e mandou ver nas URV's e no Plano Real. Essa ele acertou na mosca. A turma do sapo repudiou o #planoreal.

Adiante, mais consolidados na democracia, os brasileiros mandaram FHC para Brasília. Um intelectual de discurso convincente, sociólogo liberal que vendia geladeira para esquimó de tão bom de papo que ele era. Privatizou tudo que via pela frente e nego mamou legal. 
Acho que ele fez o que teve que fazer diante da globalização. A América bolivariana precisava ser inserida na nova ordem mundial.

2003 chegou e Lula, mais persistente que convincente, na posse chorou e fez muita gente chorar, inclusive este tonto blogueiro.

Deu continuidade na política econômica de seu antecessor, bem alinhado com mundo dos banqueiros. Personalizou sua passagem implementando algumas pitadas de ações sociais - deu bolsas pra tudo quanto é lado. Quanta criatividade se viu no reino Lulano.

Desfilou pelos quatro cantos do planeta distribuindo charme de novo-rico. Se esbaldou na farra da popularidade como um verdadeiro chefe de banca de bicho do meio da favela. Um rei da cocada preta. Até avião novo o danado comprou. 

Lula quis o Nobel ou a vaga do Papa? Não, isso é boato. Pura intriga da oposição.

Dona Dilma, mais discreta, marquetada como gerentona, logo de início teve que engolir um ministério com boa parte envolvida em acusações de corrupção. Um time que seu antecessor-mentor empurrou pela garganta da protegida. A bomba explodiu depois e o mentor se esquivou como sempre faz. Ele nunca sabe de nada, nem a Rosemary ele soube que um dia existiu.

Dilma começou mal e com o tempo foi piorando. Nem com os mensaleiros no xadrez a vida aliviou. 
Em rota de colisão ela encara o desgaste popular de nariz em pé. Desgaste baseado na frustração que seu governo impôs ao brasileiro comum, o mesmo brasileiro que depositara as fichas no blá blá blá de um partido supostamente trabalhista.

Não cumpriu quase nada do que prometeu, as mudanças não vieram e a marolinha se transformou num tsuname na vida da nova classe média e o pau comeu solto nas ruas do país tendo início nos míseros vinte centavos na tarifa do busão.

Sem levar em conta o fiasco da Copa do Mundo - não somente pelos sete a um e três a zero, mas pelo mal negócio que se revelou posteriormente. Não lotou o hotel e o trem-bala nem saiu do papel.
O resultado influenciou negativamente no balanço do semestre, foi o ministro quem disse, não a mídia. 

Quem ganhou na Copa foram os mega empreiteiros e os das canetas, pelas construções dos super templos esportivos de mais de bilhão de reais. Nego mamou muito, como nas privatizações.
                                               #eleições#candidatos#corrupção#democracia
Imagem - Google
Marina, a ambientalista.
As pessoas não estão interessadas nas ideologias dos candidatos já que constataram que a natureza distinta de cada um deles faz com que, uma vez no poder, cometam as mesmas transgressões que os seus antagônicos.

O cidadão comum topa encarar qualquer um na Presidência da República, porém,  já esboça pelas pesquisas, uma única exigência: que o novo presidente não venha do PT, do PSDB e nem do PMDB, instituições que representam um continuísmo não mais tolerado. 

Eu incluiria os demais partidos nesse pacote, pois acho que o problema é muito maior que os próprios partidos. Esses mantém e usufruem do sistema como ele é. E nada de mudar.
O fato é que esses partidos majoritários estiveram muito presentes na vida pública do país desde a fuga dos generais em 1985.

Nesse contexto votar em Marina Silva seria como votar no Tiririca ou em qualquer coisa exótica que apareça em campanha.
Parece uma espécie de vingança eleitoral, as pessoas ingenuamente entendem que podem protestar votando em alguém de bruta diferença. 

Depois que passa a onda, elas esquecem e a vida segue normal, como sempre foi e a roda gira.

A máquina é realmente poderosa.


Imagem - Google
Se eleita Marina Silva mudaria o visual?
A figura de Marina Silva dá a ilusão de renovação no cenário político, sentido de algo novo, de um horizonte espetacular. 
Votar nela está se mostrando moderno, assim com o foi progressista eleger Getúlio Vargas em 1950, Collor de Melo em 90 e mais recentemente, Lula, depois da virada do século.

Pra mim Marina Silva e os que estão com ela nessa empreitada, vivos ou mortos, não me mostraram o menor indício de renovação. Jogam com as mesmas regras e são elas que fomentam a farra da grana fácil e da soberba.

Antigamente para situações esdruxulas usava-se uma expressão simplória que bem caberia ao nosso querido país. Era mais ou menos assim: 
"Tinha que morrer e nascer de novo para quem sabe aprender de vez"

É duro dizer meu caro amigo, mas é assim que enxergo o cenário brasileiro, ainda bem bolivariano. 

Contudo, bola pra frente.

30/08/2014

Igual aos nossos pais.

Na direita da esquerda ou pela esquerda da direita é como dar uma guinada de 360˚ para reformular.

Quando criança eu pensava que depois do ano 2000 o mundo seria totalmente diferente.

Na época se dizia que no futuro, embora distante para as crianças, teríamos um mundo espetacular. Um lugar maravilhoso, todo automático, prateado, reluzente, brilhante, refletindo azul, amarelo e vermelho em tudo.

Acreditávamos no futuro como sendo uma coisa do outro mundo, um lugar cheio de seres extra-terrestres, de raios ultra-magnéticos catalisadores do bem, de cosmonautas errantes, de homens do espaço iguais aos das séries da TV em preto e branco, do tipo O homem do Espaço de 1962.

Acho que esta série foi exibida em São Paulo pelo Canal 7 - TV Record. O bispo, ainda criança como eu, nem imaginava que no mundo laminado ele seria o dono desse templo.  (Será que não?)

Imaginávamos um mundo de telepatias, de objetos que se movimentariam pelo ar somente com a força do pensamento.

Imagine uma criança de 8, 9, 10 anos de idade pensando nesse futuro. Que mundo seria esse dos mais estranhos?

Confesso que me sentia alguma vezes um pouco assustado com essa expectativa. Duvidava desse futuro tão cinematográfico, mas também não via a hora do tempo passar só para conferir a veracidade da lorota.

De certa forma o mundo prateado, futurista e espetacular, aconteceu. Chegou de mansinho, aos poucos, bem à sua forma, e nele estamos, e diante dele nos debruçamos.

Em nosso país, dito como o mais encantador recanto do planeta, o canto que neste 2014 - ano da Copa do Mundo, o evento que emudeceu nativos de todas as cores pela realidade que se mostrou racional em excesso, diga-se, pelos sete a um e 3 a 0, numa espécie de estupro de orgulho de país do futebol, o mesmo ano que quem prometeu mudanças de um passado de chumbo e que nada ou quase nada fez e sabe que precisa fazer alguma coisa para se manter no trono, a tecnologia ultrapassou muitas das expectativas.

Nem o mais otimista dos futuristas poderia imaginar um mundo tão conectado como o que dispomos hoje. Mesmo que por aqui a banda larga seja ainda um pouco estreita.

Mentira, alguns mais atentos imaginaram sim. Até mesmo antes dos meus tempos de criança, alguns se atreveram às profecias e se deram muito bem.

Mudou muita coisa é verdade, mas na essência, na carne, no sangue e na alma, somos exatamente os mesmos como eram os nossos pais. (Viva Belchior)

Trocamos de roupa, talvez. Limpamos o suor com o banho com a água que ainda nos resta. Vestimos uma nova roupa, mas ainda gostamos de andar de nariz empinadinho.



A charge foi inspirada numa postarem da net. O intuito foi chamar a atenção para a mentira em que nos meteram.
O sistema é tão presente nesse futuro que sorrateiramente se aproximou que nos ilude, nos faz pensar que gozamos da liberdade e que podemos escolher os caminhos que quisermos, mas na verdade ele esconde o ímpeto tirano. Nos ilude com um pseudo livre-arbítrio.


26/08/2014

Avant, Palestra - 100 Anos

Avant Palestra! Ouço isso desde criança. 

Palmeiras você é o pano de fundo da minha vida. Um pano verde, de cor esmeralda, a cor da esperança. 
Nossa relação nunca foi de paixão desenfreada, de amor obsessivo ou obcecado, ou doentio. Às vezes até pensei em te deixar, te esquecer. Em outras estive bem perto de você, tão perto que me senti doente quando você esteve doente.
Já pensei em te abandonar, te deixar pra sempre, te esquecer. 
Que nada, não deu, não dá, duvido que um dia dará.  A gente briga com a mãe, fica bravo com ela, mas mãe é mãe e time do coração é do coração. Forever
Então, meu querido Palestra, Um enorme VIVA pelo seu aniversário! Parabéns do fundo do meu coração! 
Gostaria de estar aqui quando você completar duzentos, trezentos, mil, dez mil anos, mas infelizmente, acho que não vai dar, devo ir antes. 
Aliás, espero irem antes de mim os que te tratam mal.  
Ah que lindo estádio, heim! Não é pra qualquer um mesmo.
Viva, belo!!!

23/08/2014

Arque

Imagem - Google 
A pluralidade de ideias e a possibilidade de manifesta-las numa condição balanceada, indo até onde os olhos do próximo permitam, talvez seja a expressão mais contundente do que seria liberdade de expressão. 

E como diria o comentarista esportivo: esta é minha, humilde, opinião.

Uma pedra de diamante é eterna pela sua rigidez, em estado bruto, nativo, incrustado ou mesmo depois de habilmente lapidada com intuito de iludir o incauto, assim cada um vê o brilho de seu jeito - sob seu prisma.

Os olhos de um pássaro seriam mais reluzentes diante do mineral tão resistente ou ele voaria até pousar numa pedra-sabão para afiar o bico?

Manifestar ideias não se trata de um estado de direito, um estado geralmente organizado por normas propostas por quem nem sempre deveríamos confiar. Muito mais que isso, expressar a opinião, seja ela qual for, seria como praticar a percepção do estar-vivo, seguindo os três princípios básicos da sobrevivência: observar, pensar e manifestar.

Das cavernas, os primitivos olhavam para as estrelas tentando compreender o firmamento como um todo. Dessa forma descobriram qual seria a melhor condição para atacar o mamute e garantir a pança cheia de sua cria.

Então, meu caro, fale o que bem entender, depois de ter pensando e antes de ter observado.

Mas se quiser transgredir essa ordem, pode também. Seria mais ou menos como entrar pela porta dos fundos. Cada um mede a sua eficiência e o seu firmamento. 

Arque e vá.

O que quis dizer? Nada. Nada além de cada um na sua, na linha do viva-e-deixe-viver.

17/08/2014

Hoje a represa não represa.

Imagem divulgada pela mídia (golpista para alguns) - Represa seca.
Descaso público e acaso da natureza, as duas forças se encontram. A segunda decorre por inconsequência da primeira. Ou como consequência dela, não sei.
O resultado? A gente assiste sentado. De boca aberta e desaguado. 
E o militante tira partido, pois o partido lhe paga pra ser marionete. Às vezes nem paga, lava o cérebro.
O partido assume, é eleito (democraticamente) e a cena continua numa grande mentira.
Enquanto o jogo não mudar os jogadores não mudarão.  Realmente, como dizem: o problema não são os jogadores, mas sim o próprio jogo.
Em outubro do ano passado a represa em Piracaia já apontava o que estava por acontecer. 
Imagens do blogueiro. 



  Descaso e acaso.

13/08/2014

Dos jornais me lembrei da poesia

Imagem Google 
Saltei pela dimensão até chegar numa poesia em especial. Uma que me bateu de sopro, de arrastão. Daquela antiga de Carlos Drummond de Andrade. 
Poderia se chamar Ame-o ou Deixe-o, mas o poeta batizou-a com nome mais singelo: 
Quadrilha
Se o termo está em moda ou sempre esteve não sei, só sei que fiquei com ela. Fique com ela você também. 
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história.