11/09/2013

Constrangimentos dos outros nos constrangem também.

Quem nunca passou por uma situação embaraçosa como a da repórter da TV? Nem precisaria ser diante de uma câmera ao vivo em rede nacional, bastaria um público de não mais que duas ou três pessoas. O mico mata a gente de vergonha.
Duvido quem não tenha sentido na pele, pelo menos uma única vez na vida, um calafrio inesperado, um do tipo que dá vontade de sair correndo e não olhar pra trás. Daqueles que a barriga gela, o suor congela e a gente perde o rebolado, além do fôlego e da lucidez. 
Até mesmo as pessoas mais tranquilas quando se percebem diante de um branco, pensam no pai, no filho e no espírito santo, menos no que precisaria dizer ou fazer de verdade.
O pior é que quando nos deparamos com constrangimentos dos outros, os chamados "alheios", também nos constrangemos. A gente quer se esconder de nós mesmos, ficamos morrendo de vergonha sem termos culpa no cartório - Ai se fosse comigo! Acho que por isso que criticamos quem está pagando o mico. Talvez pelo susto que ele nos tenha provocado.
Sem críticas, todo mundo erra e eu já me dei conta que quando não tem jeito mesmo, quando o leite derramou pelo fogão, digo pra mim mesmo - Foda-se! Na próxima eu acerto. Dá um alívio na hora. 

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