23/05/2012

Piracaia urgente!

O dia amanheceu um pouco mais intenso na cidade de São Paulo. Metroviários e ferroviários decidiriam entrar em greve na noite desta terça feira iniciando o movimento a partir das 00h de hoje.
Resultado disso: estações fechadas e pontos de ônibus lotados de trabalhadores aflitos, ônibus cheios sem condições de atender a demanda.
Me lembro que na década de oitenta, início dos noventa eram comuns as greves. Greve de tudo quanto é natureza -  de garis a metalúrgicos.
No meu caso hoje dancei, pois somente quando cheguei ao trabalho, às 06h30 da manhã é que dei conta que o rodízio estava suspenso.
Cada um dança conforme a música que tocam pra ela.

Em assembleia, trabalhadores do Metrô de São Paulo e da CPTM decidem entrar em greve a partir da 0h de amanhã. 
Os trabalhadores do Metrô de São Paulo e das linhas 11-coral (Luz/Estudantes) e 12-safira (Brás/Calmon Viana) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metroplitanos) decidiram em assembleias realizadas nesta terça-feira (22) entrar em greve por tempo indeterminado a partir da 0h desta quarta-feira (23). Com a greve o rodízio municipal foi suspenso.
UOL

 Cada um dança conforme a música que tocam pra ele. Piracaia, lá a música é mais alegre.

21/05/2012

Segunda feira

Finalmente chegou! 
Que legal, que festa, quanta alegria! 

Quem é que não gosta de uma bela manhã de segunda feira carregada de compromissos e uma semana inteira pela frente, heim? Sair de casa logo cedo com cara de quem vai para uma guerra com todo entusiasmo do mundo. Animado, cheio de planos e esperanças.
Nem nos importamos com aquele vizinho que nem sabemos o nome, aquele que te olha com rabo de olho que está do outro lado da rua se esforçando para dar a impressão de que não te viu e sem saída nos dá um bom dia que quase nem escutamos e com um sorriso mais do que amarelado no rosto, o qual retribuímos da mesma forma, acenando rapidamente. Tudo é muito sincero às segundas de manhã. Ainda mais quando está chovendo. Puxa vida, com a chuva o ânimo se multiplica. O mundo fica radiante e a felicidade encontra a plenitude eterna.
A primeira hora do dia é absolutamente cronometrada, não poderia ser diferente. Dois minutos pra isso, trinta segundos pra aquilo e assim seguimos tropeçando no pé da cama sem sentirmos dor. Não se pode perder tempo, de jeito nenhum, nem sonhando, quanto mais sonhando.
Os minutinhos a mais na cama depois do primeiro toque do querido despertador são os mais gostosos pra se dormir, mas são os que passam mais rápidos, vorazes fazem parecer que o tempo pula de cinco em cinco minutos à cada dez segundos e lá vem ele, fiel, matematicamente correto, com a música eletrônica que agrada aos ouvidos, nos chamando como um amigo - acorda, meu. (aqui em São Paulo usamos muito o meu - não sei a origem disso, acho que é de meu chapa ou meu amigo, alguma coisa assim e pela nossa pressa cortamos o complemento). 
A água do chuveiro esquentando enquanto fazemos a barba, depois do primeiro xixi do dia que é o mais gostoso, diga-se de passagem. A roupa que iremos vestir, bem alinhada, buscando a combinação das cores e que deveria estar separada e apoiada sobre o móvel do quarto desde a noite anterior, mas que por preguiça deixamos para o dia seguinte, sempre provoca um ou outro atraso, mas que, com a estratégia matinal apurada com os anos, recuperamos com dois ou três minutos a menos de banho.

O tempo do café da manhã pode servir também de recuperação de atrasos. É histórico isso no mundo todo. Quanto a segunda feira inicia com o tempo correndo mais rápido, simplesmente pulamos esta etapa ou quase, ainda arruma-se um tempinho para uns goles de café preto que servem de dejejum sadio. Mas quando o cronograma está sendo cumprido com rigor de quartel, sobra o tempo para lermos alguma coisa, ouvirmos notícias pelo rádio ou até pela TV, onde o trânsito e a temperatura estão sempre em destaque, somados a alguma tragédia da madrugada. É comum também ouvirmos sobre os acidentes provocados pelos motoristas bêbados da madrugada ou sobre os terremotos pelo mundo que sacudiram tudo matando milhares de pessoas. Acordar ouvindo essas coisas é uma delícia.
Não sei nem descrever a sensação que tenho a cada manhã de segunda feira. Elas são alucinantes como o ópio que vem da Turquia.
E o trânsito então, como estão calmos os motoristas conduzindo os seus veículos. Dirigem com toda a lucidez esperada, obedecem os sinais e as velocidades permitidas com muita paciência, ternura e cortesia, uns com os outros em perfeita harmonia. 
Nos esforçamos nas manhãs, principalmente as das segundas feiras, mas os atrasos são inevitáveis. Porém, como está tudo tão maravilhoso, até mesmo o humor do chefe fica melhor nesses dias, ele sempre compreende e nos recebe com aquele sorriso indescritível.
Quanta felicidade inspiram as manhãs das segundas feiras. Poderia ficar aqui escrevendo páginas e mais páginas, enaltecendo o meu mais profundo sentimento em relação a esse dia, revelado ainda mais quando despertado pela musiquinha eletrônica do rádio-relógio que certamente veio de Taiwan, mas com esforço, resumo numa única e singela frase, pinçada do fundo da minha alma:
Puta que o pariu!



20/05/2012

Alfredo Volpi

Pintor das bandeirinhas.

Nasceu 1896 na cidade de Luca na Italia. Alfredo Volpi chegou ao Brasil com um ano de idade. Auto didata explorou formas, composições de grande impacto visual - abstracionismo gemométrico, considerado um dos grandes da segunda geração do moderismo.
Morreu em São Paulo em maio de 1988.

Meninos jogando bola
Sem título 
Sem título
Sem título
Grande fachada
Sem título
Menina Triste
Mulata
Mastros
Muito provavelmente, Benedita da Conceição, apelidada de Judith com quem Volpi se casou, serviu de modelo para o quadro Mulata.



Anita Malfatti

Filha do italiano Samuel Malfatti e da americana, Betty Krug, Anita nasceu em São Paulo no ano de 1889. Nasceu com atrofia no braço e na mão direita e carregou esse defeito por toda a vida, até 1964. 


"Eu tinha 13 anos, e sofria porque não sabia que rumo tomar na vida. Nada ainda me revelara o fundo da minha sensibilidade[...]Resolvi, então, me submeter a uma estranha experiência: sofrer a sensação absorvente da morte. Achava que uma forte emoção, que me aproximasse violentamente do perigo, me daria a decifração definitiva da minha personalidade. E veja o que fiz. Nossa casa ficava próxima da educada estação da Barra Funda. Um dia saí de casa, amarrei fortemente as minhas tranças de menina, deitei-me debaixo dos dormentes e esperei o trem passar por cima de mim. Foi uma coisa horrível, indescritível. O barulho ensurdecedor, a deslocação de ar, a temperatura asfixiante deram-me uma impressão de delírio e de loucura. E eu via cores, cores e cores riscando o espaço, cores que eu desejaria fixar para sempre na retina assombrada. Foi a revelação: voltei decidida a me dedicar à pintura." Anita Malfatti.



La rentrée (Interior) - 1927/1929
Itanhaem - 1948
Cambuquira - 1945
As duas Igrejas 
O Batizado
A boba 
A estudante russa
Cabelo Verde
"É verdade que eu já não pinto o que pintava há 30 anos.Hoje faço pura e simplesmente arte popular brasileira. É preciso não confundir:arte popular com folclore…[...]eu pinto aspectos da vida brasileira, aspectos da vida do povo. Procuro retratar os seus costumes,os seus usos,o seu ambiente. Procuro transportá-los vivos para as minhas telas. Interpretar a alma popular[...]eu não pinto nem folclore, nem faço primitivismo. Faço arte popular brasileira"

13/05/2012

Um minuto para o comercial




Em Brotas, SP - visitem!

Abolição - 124 anos.

13 de Maio de 1888, abolição da escravidão no Brasil. A partir desta data todos os negros seriam livres, não pertenceriam a ninguém, não teriam donos. 
Dezesete anos antes, os nascidos já viriam livres, filhos de escravos, porém livres, graças ao Ventre Livre (nunca entendi isso). 
Um pouco antes, os sexagenários ganharam a euforia e os navios negreiros, legalmente, não aportariam mais no litoral do país, forrados de gente nos porões - vivos e mortos. 
Os ingleses fiscalizavam o tráfico marítimo, estimulando e garantindo a criação da mão de obra paga no Brasil, condicionando o consumo de bens por aqui para a sua revolução industrial. 
Camuflados, alguns navios insistiam, dissimulavam o trânsito não permitido e até atiravam negros no oceano,  pressentindo a aproximação do fiscal - daí a expressão "para inglês ver".
Imigrantes europeus chegavam também ao país oferecendo mão de obra mais barata. Esses seriam explorados de outra forma. Agora livres, os negros concorriam às migalhas oferecidas, ainda com a pecha de sub humanos. 
Trezentos anos de escravidão negra a partir da percepção, principalmente religiosa que compreendia que os índios não poderiam se submeter a essa condição e os colonos exploradores encontraram na África a solução. O movimento dos moinhos e das plantações estariam garantidas, com crueldade, física e moral.
Há 124 anos estão livres. Tão livres como brancos e amarelos, todos enclausurados nessa confusão.

12/05/2012

Era uma vez

Certa vez um rapaz foi supreendido enquanto trabalhava duro numa mecânica ao ver uma linda moça de cabelos claros passar apressadamente pela calçada. Ela não devia ter mais que dezeseis anos, quinze talvez, e para ele, em tão curto espaço de tempo, pareceu tratar-se da mais linda entre todas as lindas mocinhas que os seus olhos já viram. Chamou sua atenção a voz suave de menina misturada ao riso quase escancarado que ela esbanjava espontaneamente, destacando-se das amigas que seguiam juntas, todas de braços entrelaçados e também pelos grandes olhos esverdeados, bem reluzentes,  que de relance pôde perceber. Mesmo sendo muito tímido, nos seus tenros 22 anos, num salto colocou-se à porta para observá-la melhor.
O peito explodiu como numa erupção de um vulcão há muito adormecido, a respiração veio-lhe às pressas, de forma ofegante e o suor frio escorreu-lhe como cascata pelo rosto sujo de graxa.
Seguiam pela Rua 21 de Abril, logradouro muito conhecido do bairro do Brás, em São Paulo que não parava de crescer. Caminhavam em direção à Avenida Celso Garcia, por onde os bondes elétricos circulavam freneticamente, lotados de operários, em direção aos confins da zona leste. Os finais das tardes naqueles tempos eram mais alegres,  pareciam, quase uma festa.
De certo, ela trabalhava em alguma entre tantas tecelagens que existiam na região, à época infestada de imigrantes italianos. Hoje, por lá, os imigrantes bolivianos dividem os espaços dos cortiços com os migrantes nordestinos do Brasil.

Loira natural, de cabelos longos levemente ondulados, presos a um laço de tecido rosa com tamanho desproporcional,  muito em moda naquela primavera de 1952. O vestido, um estampado discreto, também em tom rosa, de pregas largas que cobria-lhe os joelhos. Foi a imagem que a memória guardou por toda a vida daquele jovem magro, moreno de cabelos castanhos escuros e muito lisos, de semblante sereno nos seus 1.85 de altura, cuja expressão constantemente humilde escondia um ser humano sábio de  dignidade sem igual.
Era final de tarde e ele bem que podia encerrar o expediente, mas o serviço era tanto que não poderia furtar-se ao retorno. O chefe rabugento logo gritou por ele e resignando-se, voltou-se, vendo a jovem perder-se entre tantos à caminho do bonde que a levaria certamente ao Éden. 
Nos dias seguintes, sempre por volta das cinco e quarenta e cinco da tarde, o rapaz postava-se à porta do estabelecimento aguardando ansiosamente a moça bonita passar e a cada dia ele esperava por um olhar da linda flor, nem que se fosse um breve olhar, um olhar do acaso, um daqueles de relance, despretensiosos, mas nada acontecia.
A cena a cada dia durava pouco mais de um minuto e meio - entre ela aparecer, passar por ele e desaparecer na multidão.
Os dias se tornaram longos a espera desse minuto e meio e as noites, ficaram insones, desoladas, mas ainda cobertas de sonhos. Um tímido sofre calado.
Até que um dia sua alma se encheu de coragem, o peito se abriu contra os maiores temores e praticamente sem ar nos pulmões, cumprimentou a moça com um quase inaudível Olá! Um gago teria dito o Olá! com maior clareza. Ela, surpreendentemente, retribui o tênue gracejo com um sorriso tímido nos lábios. Finalmente os olhares se cruzaram depois de algumas semanas de angústia. As almas se enxergaram e a partir desse dia ambos, o rapaz e a moça, aguardariam pelos encontros das cinco horas e quarenta e cinco minutos da tarde.
O um minuto e meio passou para cinco minutos em alguns dias. Para dez minutos, um pouco mais à frente. Chegando ao consentimento por parte dela, duas semanas depois, ao acompanhamento até ponto do bonde na Avenida Celso Garcia e, em mais outros dias, até bem próximo à casa da mocinha enamorada.
Numa tarde de sábado o jovem bateu palmas à porta da modesta casa onde ela residia. A mãe, uma italiana forte dada a falar aos gritos, dos fundos do quintal acenou indagando de quem se tratava e o que ele queria. Mais gago do que nunca e superando toda a timidez, sua maior característica, respondeu que gostaria de falar com ela e com o marido a respeito da jovem filha do casal.
Coisas do destino talvez, ambos permitiram o acesso do atrevido. A mocinha incrédula tremia como vara verde com medo do pai e da mãe. Sentada a um sofá de tecido remendado com o coração batendo aceleradamente, amaldiçoou o rapaz, mas, ao mesmo tempo, encantou-se com a superação daquele príncipe valente, que quase chorando, pedia sua mão para compromisso sério aos severos pais.
O namoro foi autorizado depois dos apelos do jovem que aos poucos tinha se acalmado. As  regras   ficaram claramente estabelecidas, os encontros estariam condicionados a dias e horários pré estabelecidos, de forma rigorosa e sempre com o acompanhamento de alguma das irmãs.
Como bons italianos a comemoração seguiu regada a vinho de garrafão, servido em canecas disformes lavadas com a água do poço que ficava bem próximo à cozinha.
O jovem experimentou a polenta deliciosa feita por aquela senhora que viria a ser sua sogra meses depois.
Com a moça loira estavam naquela tarde de sábado, o rapaz tímido, três irmãs dela, dois irmãos, seu pai e sua mãe.

Rua Rosa Pavone - Penha - São Paulo/SP - Brasil
Tornou-se um castelo encantado a modesta casa de número 26 da Rua Rosa Pavone, uma ladeira encravada no Jardim Concórdia do distrito da Penha, zona leste de São Paulo, cuja fachada caiada num branco acinzentado que mostrava pelas ranhuras e descascamentos, pedaços de uma antiga pintura amarelo ocre. A veneziana de duas folhas em madeira num azul claro desbotado, ficava mais a esquerda da parede frontal e uma porta que teria sido colocada ali um dia para servir de entrada principal, na verdade era mantida constantemente fechada, pois aberta daria acesso indevido ao quarto do casal, ela provocava uma desarmonia bruta no que poderia ser uma simples fachada. As acomodações da casa eram poucas. Além desse primeiro quarto, um outro se seguia colado e depois deste, uma cozinha de piso de cimento rústico e nela um fogão à lenha que aquecia os ambientes nos dias frios. Panelas, frigideiras e conchas dependuradas nas paredes por uma corda fina esticada de ponta a ponta.
A porta da cozinha era o acesso para os interiores da casa e era alcançado caminhando-se uns 20 metros por um corredor lateral que tinha do seu lado direito, um muro mal construído de tijolos à vista que dividia o terreno com o vizinho de baixo.
Um pouco mais aos fundos, próxima ainda à cozinha, via-se uma outra dependência. Servia esta de quarto para os meninos e no quintal, além de um galinheiro, estava uma horta bem plantada com um cercadinho próprio e isolado, mais distante, um banheiro.
Todos os cômodos foram construídos numa sequência quase que uniforme no tamanho, com mais ou menos nove metros quadrados cada um. O banheiro, bem menos que isso.

Dentre todos, naquela tarde de sábado de primavera, os mais felizes eram mesmo a moça e o rapaz. Ambos pressentiam os cinquenta e seis anos que se seguiriam, quando estariam juntos como marido e mulher. Felizes, criando seus dois únicos filhos, um levando o nome do pai e o mais novo, homenageando o avô paterno.
Em outubro de 2009 o ainda tímido que se tornara um senhor cansado de tanto trabalhar, partiu desta vida. Fez isso seis meses depois de completar 81 anos e ela, a moça loira, agora uma senhora de 76 anos, de cabelos brancos levemente ondulados, continua firme por aqui, saboreando as lembranças da vida feliz que teve ao lado de seu valente príncipe, tomando umas cervejinhas e saboreando um bom vinho na época de frio.
Continua feliz e serena, pois sabe que ele, seu príncipe, sem pressa a espera em algum lugar. Sempre haverá para eles a emoção dos fortuitos encontros das cinco e quarenta e cinco da tarde.

Obrigado pai, por ter escolhido a linda moça de olhos esverdeados reluzentes para ser minha mãe. Você acertou em cheio.
Mãe, feliz dia das mães! Agradeço a você por ter respondido com seu sorriso simpático ao primeiro alô tímido do meu pai. Sou grato a ambos, eternamente.

Meus filhos, meus amores, sua mãe um dia sorriu da mesma forma para mim e da mesma forma, um dia os seus filhos agradecerão os sorrisos e os apôs de vocês. Lembrem-se disso sempre e aproveitem cada minuto e meio da vida com eles e com vocês, não deixem escapar nada. Nada mesmo.

06/05/2012

Carybé

Nascido em 1911 o argentino, Hector Julio Páride Bernabó, naturalizou-se brasileiro em 1957.  Chegou ao Brasil ainda criança, isso por volta de 1919.



Entre seus diversos amigos estava o escritor Jorge Amado que definiu o amigo como:
é todo feito de enganos, confusões, histórias absurdas, aparentes contradições, e ao mesmo tempo é a própria simplicidade (...)”.

"A arte de Carybé foi por vezes um expressionismo marcante, com um sentimento carregado em cores escuras. Mas o que marcou presença foi o retrato de um povo, sua religião e seus costumes, passados por vezes de maneira surreal. Ao retratar o povo, Carybé não estava fazendo uma pintura de cunho social, não acreditava neste poder da arte. O que ele queria, e conseguiu, era passar para a tela seu testemunho de uma cultura rica em detalhes, e da qual ele fez questão de se aproximar"

Fonte: Wikipedia







Tarde de domingo, bom pra relaxar. 

Boa semana.

05/05/2012

Diário do dia - Sábado, 05 de maio de 2012

"Horário obrigatório reservado ao Partido da República Democrática da Casa do Cacete - PRDCC. Voltaremos com nossa programação assim que o humorístico cinza acabar"

Começa tudo de novo.

A gente é obrigado a engolir uns caras de pau falando um monte de abobrinhas como se fôssemos um bando de idiotas em todo ano de eleição. Somos, mas não apelem, passem uma vaselina antes. É a consagração da estupidez.
Gente que nunca ouvimos falar na vida entra em nossas casas através da TV, do rádio, da internet. Interrompe os sonhos fazendo deles grandes pesadelos, com mentiras, projetos revolucionários, prometendo sempre a mesma coisa e fazendo discurso mais do que decorado. E ninguém faz nada além de, no dia do voto, ir até a zona eleitoral para apertar as teclinhas e saindo por de trás de uma caixa de papelão com a sensação do dever cumprido. Como um pateta, faz cara de inteligente e ainda assina uns papeis que não sabemos nem para onde vão e guardam um canhotinho como prova do exercício da cidadania.
Se juntarmos todos os candidatos e consequentemente seus partidos políticos, salvam-se poucos ou, mais seguramente, nenhum.
Eleitos aprontam na maior safadeza, aliam-se com aos derrotados no pleito e juntos tramam o nosso escalpe. Tudo dentro da lei.
Vimos generais, banqueiros e operários no poder. Intelectuais e semi analfabetos também. Até rubros-revolucionários de carteirinha, com direito a histórico de torturas e exílios. São iguais. Uns mais que outros talvez, mas todos iguais. Transformam-se em massa podre quando sentam na cadeira estofada.

Nosso compromisso é com você cidadão. Vote em mim e juntos chegaremos lá!


Lá onde, cara pau? Vai você e carregue sua mãe. Quem sabe assim não corremos mais o risco de nascerem outros iguais a você por aqui.


01/05/2012

Cândido Portinari

O artista nasceu em Brodowski, interior de São Paulo em 1903. Retratou no estilo expressionista com forte influência do cubismo e surrealismo, questões sociais do Brasil.
Vale o deleite.


São admiráveis.

Diário do Dia - Terça feira, 1 de Maio de 2012


É uma pena que uma minoria intelectualmente limitada tenha se apossado das entidades que, em tese, defendem os direitos dos que trabalham de verdade no Brasil.


Bossais, esses dirigentes enxergaram a oportunidade de crescimento pessoal, de destaque na mídia e entre os seus, sem nada de produtivo no resultado e como vampiros, encravaram-se nas legendas dos diversos sindicatos pelo país e nas centrais aglutinadoras de um pseudo comando organizado, como se tivessem na excência o único interesse de servir ao próximo.
Retóricos e cheios de frases feitas, confundem-se com palhaços, a despeito da provável indignidade desta categoria que aqui não merecia a comparação. Fazem espetáculos de caráter mesquinhos nos palanques, iludindo os incautos soados do trabalho honesto.
São tão hipócritas e ordinários quanto seus colegas vereadores, deputados e senadores, também espalhados pelo nosso querido Brasil varonil.
Veio o progresso ao longo das décadas na relação do trabalho. Houve momentos na história em que o barulho foi necessário. Muita resistência entre as partes - patrões, empregados e o estado.
Hoje, mais do que nunca, cabe o objetivo da negociação e a boa argumentação. No mundo todo esta relação vem se aprimorando, com exceção em alguns países que insistem em manter-se num modelo arcaico de relação povo e estado. Estamos distantes do ideal tanto de um lado quanto de outro. Quem deveria estar envolvido fica no centro, calado e manobrado - o trabalhador comum.

A esses sem ação, fica o ônus do calo na mão e aos escorpiões de plantão, os donos da razão, esperem do além a dor de um câncer no meio do ânus, daqueles,  sem correção.
Aos puros, acredito que devam existir, peço o perdão. Não me refiro a esses. Me dirijo ao que leram este pequeno manifesto, coçaram os narizes e me xingaram.

DIA DO TRABALHO NO MUNDO 









"O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho"
Fonte: IBGE/Ministério do Trabalho.