15/11/2015

Un Toast à Nous!

Imagem - Google
O primeiro impulso é: bateu, levou! 
Mas, espera: e se for uma desforra? 
Pegou no fígado? Doeu? O meu também doeu. 
 __ Sim, foi. 
__ Não, não foi.  
__ Foi.  
__ Não foi e ponto final. Ele começou primeiro.  
 __ Não importa, não vai sobrar um para contar a história. Eu sou a autoridade e todos os microfones me procuram. Aguardam o meu pronunciamento, ele é decisivo, definitivo. A imprensa, as redes sociais, o leque hoje parece não ter fim. 
__ Eu sou o mandatário e tenho que me posicionar. Tenho, tenho e tenho. Saiam da frente! 
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre. Quem traz no corpo a marca Marie, mistura a dor e a joie. 
Não demonstre fraqueza, nem ao amigo e nem tampouco ao inimigo, eles estão atentos e como sabemos, ambos são traiçoeiros. 
Bom, que percebam o meu abalo, o quanto estou transtornado, indignado e que minha paciência alcançou o extremo, o ápice, o máximo, o limite e que agora não tem jeito - ou vai ou racha. Um gigante pode chorar, mas nunca deve cair. 
Tolerância zero para anular a intolerância com cheiro de pólvora. 
Explosivos, AK44 e lâminas afiadas fizeram sangue e pedaços de carne voar pelas paredes e pelas ranhuras do chão, mas ninguém sabe de onde veio e como veio e creio que nunca saberão. 

Parece coisa de um mundo virtual interagindo com nosso mundo real ou de dimensões distintas que se canalizaram ao acaso por fendas temporais. Sei lá, parece tudo menos vida inteligente.
O pior é pensar quando virão os outros. Parece certo que outros virão. 
O ocidente reluzente mostra as mazelas de modo fluente e acaba fomentando ódios nos seus, que por sua vez alimentam outros ódios nos odiados dos seus e estes, por conta do ódio somado, fomenta ódios ainda mais intensos em outros que têm ódios por tantos outros odiados. É um mar de ódios sem fim.
E assim, meu caro amigo, segue a vida dos humanos na terra, em paz, na paz e pela paz, até que nos entupamos de tanta paz e nos esganemos nas profundezas do fionfó do Judas.
Parece que somos felizes dessa maneira, nos multiplicamos exponencialmente. É como nós somos.
Então, um brinde a nós. Un toast à nous!

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