Mini conto criado por este blogueiro de horas vagas, inspirado em fatos que me pareceram reais. Me pareceram, já não tenho tanta certeza disso.
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Imagem encontrada no Google |
São Bernardo do Campo, SP - Brasil
Agosto de 2019
Enfático, com dedo em riste, muito convicto da razão, Eurico levantou-se do banquinho de madeira onde se acomodava e disse:
Continuou:
__ Pois, então, digo que o PT é um partido de corno, um partido filho da puta que só tem gente do mal. É inconfundivelmente uma coisa do capeta, do satanás, da besta, do 666!
Mesmo assim, alguns se manifestaram.
Tinha 32 anos e era filho da saudosa dona Matilde, a que Deus a tinha em algum lugar do céu e de Seu Romão, o eterno técnico do Atlético de Vila Clemente, time local cuja camisa de um vermelho bastante desbotado era motivo de chacota pelos adversários.
Vivia se enroscando em encrencas por falar o que não devia exatamente onde não podia.
Além de tudo, ali se encontravam grandes filósofos contemporâneas que emplacavam referendos históricos, avassaladores e definitivos.
Se falava de tudo e se achava solução pra tudo, pois todos participavam do samba do branquelo-doido.
Luis Carlos, o filho mais novo da dona Aurora que aos 21 casou-se com a senhora dois meses depois dela ter enviuvado.
Do três-oitão ele se desfez, trocou por uma automática que atira pra mais de seis.