16/01/2017

Bem cedo, todos os dias.

Rapaz, não sei o que está acontecendo, de uns tempos para cá dei de acordar e me levantar muito cedo. Três, três e pouco da manhã eu desperto. Olho para o relógio: ainda é cedo demais, não vou sair da cama. Sacanagem. Me viro para o outro lado, me cubro e descubro, rolo pra cá, rolo pra lá, três e pouco, três e meia, quinze para as quatro. Cacete, quase quatro da manhã já. Já? Ainda é cedo, pô! Para com isso!
Quatro e pouco e o sentimento de culpa agora diminui, me levanto com cuidado para não acordar com quem durmo há 40 anos e que parece curtir nessas horas o oitavo sono.
Dez minutos depois estou tomando o primeiro cafezinho com leite ouvindo a respiração fluir mais leve pelos pulmões de ex fumante. Ouço também meus passos arrastados na cerâmica do chão.Sinto na pele pouco coberta a brisa da manhã entrando pelo vitro da cozinha que acabo de abrir com cuidado para não acordar a vizinhança, preciso arrumar esse troço. O café estimulante me lembra sempre do cheiro do papel de jornal, este que não passa mais em casa, há anos que não assino nada impresso, a internet substituiu tudo. Até mesmo alguns livros se tornaram virtuais, me rendi à preguiça tecnológica.Agora no verão com horário personalizado, seis e pouquinho os primeiros raios do sol entram pela janela indicando que o dia se inicia e cá me pego prontinho pra começar. Agora marceneiro (?)
When I'm sixty three chegou e o four de quando eu tinha 18 logo logo chega, em 18, em 12 do 1.
Good morning, good morning, Rita.

Imagem: Google

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