29/05/2022

Velha companheira

 Não adianta, por mais que me esforce a tristeza me acompanha. À cada dia, mês e ano ela aumenta.

Não sei onde vou parar.



06/02/2022

Feliz Ano de 2022

Olá Blog, tudo bem? Quanto tempo que não nos vemos, não é? Pois é, então, como vão as coisas por aqui? Perdi a assiduidade, eu sei, mas não me leve a mal. A vida é assim mesmo. espero que esteja bem. Notei até que nossas visualizações cresceram um pouco, ultrapassamos 102 mil. Que bom.



31/10/2021

Saudades

Não me sinto bem, ando meio caidão. Não consigo explicar o que sinto. Parece que estou em lugar errado ou em tempo errado. Deslocado, inibido.

Acho que estou perdendo o prazer de estar vivo.

Eu não tenho com quem falar sobre isso. Estamos todos individualizados, cada um com seus problemas. 

Envelhecendo sozinho. Pensado sozinho. Dormindo sozinho. Comendo sozinho.

Saudades de alguma coisa que não sei bem o que.






01/04/2021

Vírus contraído


 Pois é, vírus contraído dias atrás e agora estou de molho. Sexto dia de dez. 

O que senti? Na noite de sexta para o sábado dores pelo corpo, cabeça pesada, sono intenso, preguiça, alguma tosse, acho que mais nada. Lembrava bem uma gripe daquelas quase zinhas.

No segundo dia a auto medicação alterou o estado clínico, Azitromicina di-hidratada e Prednisona. A Rita tinha iniciado o tratamento dias antes e tomei dos dela. 

Horas depois já me sentia melhor. No dia seguinte, no domingo, uma tossezinha ainda incomodava. 

Na segunda-feira, sete da manhã fiz o teste, uma hora depois com o resultado positivo fui ao médico. Procedimentos e liberado. Na farmácia comprei os remédios. 

De lá pra cá mais nada. 

Pra mim, até agora o Covid representou claustrofobia, de resto, ligth, bem light. Até agora.

Sou um cara de sorte.✌

20/02/2021

Ao jornalismo brasileiro

"Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo homem. 

É uma dimensão tão vasta como o espaço e tão desprovida de tempo como o infinito.  

É um espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição e se encontra entre o abismo dos temores do homem e o cume dos seus conhecimentos. 

É uma dimensão da fantasia, uma dimensão, 

além da imaginação."

     😡

10/01/2021

2021 (2012)

Não estou me sentindo bem neste início de ano. Acho um bom sinal, pois normalmente me sinto melhor nos inícios e acaba sendo tudo igual. Me pego com vontade de chorar, mas não choro, homem não chora, reclama da vida.

Seguir em frente é o que faço de melhor, sempre.

Um vazio me inunda. Falta de esperança. 

Qualquer bronquinha já é motivo de mágoa.

Então, foda-se! Seguir em frente é o que resta, esperando pela melhora.

Feliz 2021 pra mim!


12/12/2020

Encontros esporádicos

 Olá meu diário secreto mensal, bimestral, semestral, anual, sei lá. Não te abandonei não, somente não ando com vontade de escrever. 

Passo por aqui pra te cumprimentar e dizer que estou trabalhando muito. A marcenaria está dando sinais de progresso. Quem diria né? Começamos sem pretensões e agora estamos lotados de serviços. Que bom!

Em janeiro, mais para o final, nos mudaremos para um salão um pouco maior, mais arejado onde poderemos colocar os equipamentos de forma tal que ganharemos na produtividade. Assim esperamos.

Temos encomendas fechando o mês de janeiro e até meados de fevereiro. Que bom! 

A esquadrejadeira chegou, tivemos alguns probleminhas na entrega mas foi tudo resolvido. Já está em operação.

De resto a vida segue até que bem. Lembranças da vida passada aos poucos vão sumindo. Gente chata, arrogante, invejosa estão caindo no esquecimento e até mesmo as mais legais entram nesse barco e se perdem no horizonte.

A sensação é de ter perdido 40 anos da vida, investindo em algo que acreditava que me levaria até a felicidade. Anos perdidos, lamentáveis e que não serviram para nada.

Espero ter mais uns 20 anos de vida ainda e com saúde pra tocar a marcenaria pois agora me sinto maduramente feliz.






Até!

21/06/2020

Tinea Pedis - O dia em que virei número.

Acordei segunda-feira passada com uma coceira intensa por entre os dedos do pé esquerdo. Assonado instintivamente roçava sem parar o pé direito por entre os dedos do esquerdo buscando conforto. Meio complicado fazer isso, mas é o que tinha de momento. Os alívios deliciosos duravam segundos pois logo voltavam as coceiras e cada vez mais fortes ainda. 
Raio de coceira!

Por dois dias essa praga o tempo todo coçava, trabalhando até fazia pose de bailarino russo passando um sapato sobre o outro. Procurei, então, ajuda no posto de saúde.

Ao perceber minha irritação o médico franziu as sobrancelhas sacando o estetoscópio dos ombros colocando-os nos ouvidos orientando para me deitar numa maca com a tinta beje bem desgastada que ficava ao lado. O papel que servia de lençol nela fez muito barulho. Parecia que eu ia rasga-lo todo. Quis tirar o sapato mas ele disse que não precisava.

Silêncio no consultório e por isso passei a ouvir minha respiração agora um pouco ofegante. Olhava atentamente para o médico que me examinava e eu achando estranho o fato dele não se dirigir ao meu pé esquerdo que a essa altura inflamava de tanta coceira. Se eu coçava doía, se não, coçava e ardia e ele nem aí. Praga de coceira! Praga de médico!

Ele sai da sala sem dizer nada e volta minutos depois acompanhado de duas outras pessoas. Um me pareceu ser médico também, mais velho que o primeiro, de cavanhaque, bigode e meio calvo exibindo experiência. Ela com cara de enfermeira chefe, sisuda, nada simpática dando ares de ,uita entendida. Todos usavam máscaras. O primeiro médico sem se dar conta pôs uma das mãos sobre meu pé esquerdo. Mesmo calçado senti um certo alívio, mas não passou disso, foi uma atitude inadvertida dele.

O silêncio dominava o ambiente. Eles se comunicavam por olhares rápidos e sobrancelhas que se arqueavam, umas mais outras menos. Saíram da sala um atrás do outro como numa fila indiana.

Em seguida outros dois enfermeiros abriram a porta manobrando uma maca flexível toda em aço inoxidável, bonita de ser ver, ambos protegidos com macacões e capuzes hospitalares. Notei seus rostos através do visor translúcido, um tipo oriental e o outro afro. Fizeram a transferência do meu corpo com a agilidade de açougueiros quando arqueiam peças gordas de carne nos ganchos dos frigoríficos. Da maca com lençol de papel para a flexível de aço inox em menos de um segundo.

Na saída do Posto me dei conta que estava sendo transferido para um hospital numa ambulância do SUS. A situação exigia maior atenção das autoridades de saúde. Alguém com uma prancheta nas mãos escrevia alguma coisa. Minha esposa e filhos me acenaram como se estivessem se despedindo, talvez para sempre. Não foi, nos encontramos dias depois recuperado do vírus.

Maldita coceira. Infecção por fungo. Frieira dos infernos. 

Uma pomadinha que comprei na farmácia logo quando saí do hospital resolveu o problema.