Internet é uma coisa fantástica. Nela conectados encontramos qualquer coisa num piscar de olhos. Claro, desde que estejamos bem conectados. No Brasil a banda larga poderia ser um pouco mais larga e de maior disponibilidade, mas acho que isso acontecerá em breve - questão de tempo. Mesmo assim o meio é simplesmente espetacular. Se incorporou ao cotidiano muito rapidamente e acredito que sem retorno, pelo contrário, cada vez mais a utilizaremos para tudo.

Nas redes sociais podemos brincar, xingar, escrever bobagens, falar coisas sérias, dar opiniões, mandar beijos, lembranças, fotografias, registros e divulgar assuntos que ganham atenção provocando boas discussões. Para quem quiser participar. Considerando ou desconsiderando, num clique ou num rolar de barras, foi-se.
Li outro dia uma matéria onde uma jovem jornalista apresentando-se como dependente profissional do facebook, twitter e de outros sites, tinha recebido a tarefa de relatar como seria ficar um mês sem se conectar. Um mês trabalhando na redação do jornal sem utilizar qualquer recurso da internet. E ela, instigada, estendeu a experiência à vida pessoal. Nada de cartões de crédito, contatos, emails, pesquisas, entretenimento. Faria tudo sem a maravilhosa ferramenta.

Durante o período cedeu uma ou duas vezes à tentação. Na calada da noite ligou seu PC sem que ninguém percebesse, conectou-se e observou que as postagens do face, twitters, emails e tantas outras informações iam se acumulando. Entrou em desespero.
Conteve-se bravamente mantendo-se firme e forte ao seu propósito. Foi difícil.
Conteve-se bravamente mantendo-se firme e forte ao seu propósito. Foi difícil.
Disse a jornalista que quase enlouqueceu. A sensação de isolamento e “abandono” - esse foi o termo que usou, deixaram seus dias bem complicados e por demais intranquilos. Sentiu-se à parte de seu tempo, como vivendo no século passado.
Foi um alívio quando tudo terminou, concluiu a matéria de forma brilhante e achei o artigo bastante interessante.
Por ser ainda muito jovem, profissional em início de carreira, nascida e criada em meio a velocidade dos bits, não teve, como tiveram os mais antigos a oportunidade da comunicação analógica. Experimentou ali algo novo.
Mas não é esse o caso. O caso na verdade é que damos conta do peso da necessidade da sintonia com o contemporâneo e esta leva um profissional, um cidadão comum a uma espécie de rendição, subordinação à trama que o induz a pisar fundo no acelerador.
É o caso também nesses tempos, que, involuntariamente, acabamos nos individualizando, ficamos reféns de nós mesmos. A sintonia requerida pelos tempos modernos nos leva a um isolamento que compartilhamos com todos através dos contatos virtuais, um novo modelo de vida se estabeleceu. Nada grave é assim mesmo. Mas se a onda nos levar à ver navios, pra voltar vai ser difícil.
Sugiro somente que nos mantenhamos atentos, bem atentos, muito atentos, dando importância devida ao sentido do estar vivo de verdade. É preciso dar importância para a percepção de como olhamos a vida e não somente de como vivemos por ela.
Ando pensando nisso. Vivo conectado pelos portáteis, pelos computadores de mesa, pelos celulares e gps`s. A abundância de chamados crescem a cada dia. Me cobro pela atualização das informações. Há de se ter disciplina.
Ando pensando nisso. Vivo conectado pelos portáteis, pelos computadores de mesa, pelos celulares e gps`s. A abundância de chamados crescem a cada dia. Me cobro pela atualização das informações. Há de se ter disciplina.
Numa boa, acho que dá para fazer as duas coisas, sobreviver e viver ao mesmo tempo.
Viva a internet e viva a vida. (digo pra mim mesmo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário